sábado, 12 de outubro de 2013

“Não ore para que a perseguição, no Quirguistão, pare”


Foram exatamente essas as palavras que a equipe da Portas Abertas Brasil ouviu na manhã dessa sexta-feira (11). Quem as proferiu foi um pastor quirguiz. Entre outros detalhes, ele contou que há lugares onde se um cristão morrer, é proibido enterrá-lo nos cemitérios locais, unicamente por conta de sua fé em Jesus
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Eu não imagino cristãos sem perseguição, porque sem isso, não seremos fortes. Foi Jesus quem disse que, por causa do nome dele, iriam nos perseguir, odiar e até nos matar. Não podemos mudar isso. [Pelo contrário], somos felizes de ter isso em nossa vida. Queremos apenas ter força para evangelizar e receber as pessoas [que necessitam de apoio]”, afirmou o pastor. 

Segundo ele, os primeiros cristãos quirguizes do país foram agredidos e torturados. “Este ano, um ministro quirguiz falou abertamente que o cristianismo era um ataque do ocidente que deveria ser parado e instou a população a lutar contra os cristãos”. Além disso, o pastor revelou que, na escola, as crianças cristãs são separadas das demais “como se fossem doentes”. “Orem por nós, pelo povo quirguiz e pelos cristãos, a fim de que manifestem amor e perdão aos perseguidores”, solicitou.

No Quirguistão, 
49º país mais opressor aos cristãos, embora a Constituição do país garanta liberdade religiosa aos cidadãos, há cada vez mais restrições ao direito de se reunir e se expressar. O governo não apoia oficialmente nenhuma religião. No entanto, de acordo com um decreto de maio de 2006, o islamismo e a Igreja Ortodoxa Russa foram reconhecidos como “grupos religiosos tradicionais”.

Fonte> http://www.portasabertas.org.br/

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Cristãos são ameaçados por não negarem a fé em Jesus


Convertidos a Cristo na província Savannakhet, no Laos, enfrentam ordens de despejo de suas vilas por se recusarem a renunciar suas crenças; de acordo com relatos da organização de direitos humanos Human Rights Watch for Lao Religious Freedom (HRWLRF)

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Durante um encontro na vila, em 21 de setembro, autoridades do vilarejo Huay, no distrito de Atsaphangthong, determinaram que os convertidos ao cristianismo deveriam negar sua crença ou enfrentar a expulsão. Autoridades acusaram os cristãos de conduzir cultos coletivos em suas casas. Os cristãos têm rejeitado a ordem, afirmando que o direito deles à liberdade de religião ou crença é garantido pela Constituição do Laos.
No mês passado, um grupo de 50 cristãos, no distrito de Borikan (também conhecido como Bolikanh), província de Bolikhamsai, recebeu um ultimato parecido. A HRWLRF relata que autoridades oficiais da vila Nongdaeng convocaram representantes de 11 famílias para um encontro oficial, no qual as autoridades ordenaram que eles se reconvertessem à sua "crença tradicional" (o animismo*). As autoridades da vila acusaram as famílias de acreditar na religião de uma "força ocidental estrangeira", destrutiva para a nação do Laos.
Informações recebidas pela Christian Solidarity Worldwide (CSW) indicam que esta é uma acusação comum aos cristãos. A eles foram dados três dias para respeitar a ordem, mas os mesmos recusaram, insistindo que a Constituição protege seu direito à liberdade de religião ou crença.


*Animismo: manifestação religiosa imanente a todos os elementos do Cosmos (sol, lua, estrelas), a todos os elementos da natureza (rio, oceano, montanha, floresta, rocha), a todos os seres vivos (animais, fungos, vegetais) e a todos os fenômenos naturais (chuva, vento, dia, noite).

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O que você daria a Wasihun no Dia das Crianças?


A criança estava inconsolável. "Eles o esfaquearam até a morte", as palavras jorravam de seus lábios. Wasihun tem apenas 7  anos, mas parece um adulto. Ele ouvia atentamente cada palavra da conversa dos mais velhos, rompendo em lágrimas muitas vezes. "Eu estava segurando em suas pernas quando o arrastaram pelo chão”
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O relato a seguir é de autoria de um colaborador da Portas Abertas que visitou a família de Wasihun, na Etiópia, logo após o assassinato de seu pai.

“Conheci muitas crianças em circunstâncias semelhantes às da família de Wasihun. Vi crianças chorando ao ver a dor de suas mães; chorando sem realmente entender por que o estavam fazendo. Mas Wasihun não. Ele entendia completamente.

Durante nossa conversa, o menino interrompeu diversas vezes sua mãe para nos explicar exatamente como haviam matado seu pai. Seus olhos gritavam de dor. ‘Eu estava segurando em suas pernas quando o arrastaram pelo chão’. Meu intérprete não aguentou e desabou.

Peguei Wasihun e o abracei. O que eu poderia dizer para consolá-lo? Inclinando-se contra o meu peito, ele chorava sem parar: ‘Meu pai me prometeu trazer milho assado amanhã.’

Ali estava eu com essa família do distrito remoto de Hareto, Estado de Oromia, no oeste da Etiópia, apenas dois dias após o trágico assassinato. O que eu via era uma família enlutada - mãe e oito filhos entre 2 e 16 anos - completamente arrasada pelo trauma que havia experimentado e pelo amargo pesar que estava enfrentando. 

Quando o crime aconteceu, em meados de agosto, ninguém veio em seu socorro. Buze, a esposa, e os filhos assistiram, impotentes, Motuma Kemede morrer.

Para este humilde homem de quarenta anos, o dia começou como a maioria dos outros. Ele se levantou cedo e se preparou para ir a uma fazenda próxima, onde trabalhava durante toda a época de chuvas. Nos meses secos de inverno, ele trabalhava como comerciante, viajando pelos arredores para comprar e vender itens por um lucro mínimo.

A família de Motuma é a única cristã numa aldeia animista. A comunidade cada vez mais hostil conhecia Motuma por sua dedicação ao evangelho e à congregação da qual fazia parte em uma aldeia vizinha. Mas eles não apreciavam a sua devoção. 

Como muitos outros cristãos da região, Motuma era  insultado e advertido verbalmente a renunciar sua fé. As ameaças não o preocupavam, uma vez que estava ocupado demais tentando prover sua grande família, que incluía um filho adotivo, enquanto lutava contra sua debilidade física.

‘Foi no meio da noite quando invadiram a nossa casa. Fiquei em estado de choque. Não sabia o que dizer ou fazer. Eles colocaram a luz de suas lanternas diretamente em nossos olhos para que não pudéssemos ver seus rostos. Havia três deles dentro de casa enquanto outros esperavam do lado de fora. Eu os ouvi gritando uns com os outros: esfaqueiem-no! Quando eu perguntei por que estavam nos atacando, eles gritaram para que eu calasse a boca. Eles atingiram primeiro o meu marido com uma lança em suas costas . Motuma estava deitado sobre Defary , nosso filho de 2 anos , para protegê-lo. Mas arrastaram Motuma para fora da casa pelas pernas. Mesmo na rua continuaram a golpear a parte superior do corpo com facões. Eu gritava por socorro, mas ninguém veio. Eles bateram com um pedaço de pau no meu braço direito. Estávamos sozinhos. Todas as crianças ficaram chocadas ao ver como mataram o seu pai’, contou Buze, atordoada.

Todas as crianças choravam enquanto Bachu tentava explicar o que tinha acontecido. Normalmente tentamos tirar as crianças em tais circunstâncias antes de começarmos a falar com o cônjuge sobrevivente. Mas essas crianças recusavam-se a sair do lado de sua mãe.

Buze agora está indo embora para cuidar de seus filhos Demina (16), Wasihun (7), Chimdesa (4), Defaru (2) e filhas Bachu (15), Meskereme, (12), Raju (8) e Ulule (5). 

O líder da igreja de Motuma, pastor Emanuel, nos disse que o assassinato não deve ser visto como um caso isolado ou ocasional de violência. ‘A igreja tem sofrido uma série de ameaças e oposições’.

‘Minha família e eu enfrentamos ameaças constantemente. Meus filhos foram ameaçados no caminho para a escola. Os moradores costumavam jogar sobre eles pequenos pedaços de papel com ameaças rabiscadas. Por fim, minha esposa não suportou mais e decidimos que minha família se mudaria enquanto eu permaneceria para continuar o trabalho.’

‘Mas as ameaças continuaram. Não me atrevo a caminhar pelas redondezas depois de escurecer. Frequentemente jogam pedras em nós quando nos reunimos para adorar. Tivemos nosso gado envenenado e ovelhas roubadas. No ano passado, destruíram a minha colheita. Essas coisas são comuns para nós.’

‘Os animistas estão tentando nos forçar a participar de seus rituais, mas dizemos cuidadosamente que é contra a nossa fé fazê-lo. Tenho amigos entre eles que já me alertaram sobre o fato de que eles estão procurando maneiras de matarem a mim e a outros membros de nossa igreja. Mas Deus me chamou para servir aqui, e eu não posso ir embora’, comentou o pastor Emanuel.

A Portas Abertas continua  envolvida com a igreja local nesta e em outras regiões de Oromia, na Etiópia, onde a perseguição tem se intensificado. Ajudamos a cobrir os gastos imediatos de Buze e seus filhos. Também cobrimos as matrículas das crianças na escola, uniformes e material escolar para este ano letivo. Em acordo com a igreja local, estamos procurando maneiras de ajudar a família por um período maior.”

Pedidos de oração

• Ore pelo conforto de Deus para Buze e seus filhos. Todos estão profundamente traumatizados.
• Além da cura emocional que a família precisa desesperadamente, também necessita da proteção de Deus.
• O pastor, a igreja local e a Portas Abertas permanecerão muito envolvidos no caso. Ore para que seja aplicada a melhor maneira de apoiar a família em longo prazo. 
• Interceda para que o Senhor proteja e capacite o pastor Emanuel e sua igreja para alcançarem a comunidade animista que os cerca.


Fonte: http://www.portasabertas.org.br/
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