sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Leões

O leão é um felino do gênero Panthera, e um membro da família Felidae. Podendo ter até mais de 250 kg em peso, ele é o segundo maior felino vivente (o maior é o tigre). 
Leões selvagens existem atualmente em maior quantidade, na África.

Os leões vivem aproximadamente entre 10 e 14 anos na natureza, mas em cativeiro podem chegar a ter mais de 20 anos.
É chamado de Rei dos Animais por estar no topo da cadeia alimentar no ambiente em que vive.
Os leões passam de 16 a 20 horas por dia descansando.



família de leões

Leão branco
leão branco

O sonolento leão da foto ao lado é uma exceção genética de leões brancos, que apresentam dificuldades de sobrevivência por se destacarem nas savanas ou selvas, e por isso tem grandes dificuldades na caça. Só existem na reserva de Timbavati.
O leão branco constitui uma rara mutação de cor do leão-sul-africano (Panthera leo krugeri), devida a uma particularidade genética chamada leucismo. Não constitui uma subespécie. Distingue-se dos outros apenas pela sua pelagem muito clara (quase branca), causada por anomalias em seus genes. Os seus olhos são dourados ou azuis.
Esta característica não acarreta problemas fisiológicos – ao contrário do albinismo, o leucismo não confere maior sensibilidade ao sol. No entanto constitui uma desvantagem, pois reduz a sua capacidade de camuflagem na caça às suas presas.
Estes leões nunca foram muito vulgares na natureza. O gene que confere esta característica é recessivo, e apenas se revela quando são cruzados indivíduos portadores do gene mutante. Este cruzamento é feito propositadamente em zoológicos e por essa razão é nestes onde existe o maior número de indivíduos. Aparecem também na reserva de Timbavati e no parque Kruger, na África do Sul.
Existem também leões brancos por albinismo; esses possuem os olhos vermelhos e apresentam grande sensibilidade ao sol.



leão e cordeiro

Reação Flehmen

Já foi observado que, quando o leão ronda o território das fêmeas,
ele ocasionalmente para, cheira, ergue a cabeça com o lábio superior curvado para dentro, e depois fecha as narinas e respira fundo pela boca. Ele interceptou um cheiro distante de urina da fêmea, e sua reação é fazer com esse cheiro seja levado ao órgão de Jacobson, localizado no céu da boca, onde é decifrado conforme seu teor de hormônios sexuais.
Esse comportamento é chamado "reação flehmen", apresentado por um grande número de carnívoros e outros mamíferos. O órgão de Jacobson lhes dá um olfato muito mais aguçado que o do homem, e é uma ferramenta sensorial especialmente útil para farejar uma companheira.
A urina da fêmea leva mensagens "cheirosas", os feromônios, que fornecem informações sobre sua fertilidade. Ao decifrar essas mensagens, o macho pode orientar suas atenções sexuais para onde elas tiverem mais chances de serem correspondidas.

Sincronia do cio

As mensagens são também importantes para as fêmeas, que decifram os feromônios depositados por suas irmãs do bando para sincronizar seus próprios períodos férteis.
Em geral, quando uma fêmea está no cio, todas as outras estão.
A vantagem disso aparece no comportamento sexual dos leões.
Os machos acasalam a cada 25 minutos, mais ou menos, durante vários dias com a mesma fêmea. Geralmente há dois ou três machos adultos no mesmo bando de leões e, se só uma fêmea do grupo estivesse no período fértil, os machos lutariam entre si pelo direito de acasalar com ela. Os ferimentos resultantes prejudicariam o bando, que necessita de machos fortes e saudáveis para protegê-lo.
Através da sincronia do cio, as fêmeas garantem que os machos se mantenham ocupados demais para lutarem entre si, o que evita o desmembramento social do bando.


Status

A única forma de os leões jovens adquirirem status de procriadores é dominar um bando estabelecido.
Para tanto, eles precisam expulsar os machos dominantes, tarefa perigosa que é mais bem sucedida através de coalizão, em geral de três ou quatro irmãos ou outros parentes próximos.
família de leõesMesmo assim, os machos residentes lutarão para manter seus direitos de procriação, pois, se os intrusos forem bem sucedidos, matarão todos os filhotes para que as fêmeas recém-adquiridas entrem no cio novamente.
Além disso, os machos expulsos de um bando são considerados geneticamente mortos e é pouco provável que eles tenham outra oportunidade de procriar.
Com o controle do bando, os intrusos triunfantes viverão juntos em harmonia. Eles não competem com as fêmeas.

O primeiro macho que encontra uma fêmea no cio é considerado dominante. Devido ao parentesco próximo, não haverá agressão no caso de um irmão acasalar antes do outro, pois o gene familiar será passado para a próxima geração.
Outra razão para os machos pertencentes ao mesmo bando não lutarem entre si é que eles precisam unir-se caso tenham de resistir ao ataque de outro grupo de machos que queira tentar dominar o bando.


Características

O tamanho dos leões pode variar entre 1,72 a 2,50 m (machos) e 1,58 a 1,92 m (fêmeas).
O peso dos leões pode variar entre 150 a 260 kg (machos) e 122 e 182 kg (fêmeas).
O comprimento do rabo do leão pode variar entre 60 e 100 cm.
Os dentes caninos dos leões podem ter até 5 cm de comprimento.
Um leão pode correr até 60 km/hora
leão machoA cor do leão varia entre o amarelo-claro e o marrom escuro, com as partes de baixo do corpo mais claras. A ponta da cauda apresenta um tufo de pêlos negros e os machos tem uma longa juba.
Como nos gatos a cauda do leão serve pra revelar seu humor.
Se ela está abaixada, o leão está tranquilo, se balança rapidamente para os lados significa que ele vai atacar.
Ao contrário dos cães, se um leão abanar o rabo, isso é um péssimo sinal.
Quando filhotes os leões machos não apresentam juba.

Comportamento provocativo

leãozinho brincandoUm filhote de leão pode estimular um irmão a simular uma briga esfregando a pata no focinho dele (acima), para desenvolver habilidades sociais e defensivas. Puxar o rabo dos pais (abaixo) é uma de suas brincadeiras preferidas.
Quando eles rastejam e saltam sobre gafanhotos, a habilidade que está sendo posta em prática é a coordenação dos olhos e das garras.
Caçar pode ser perigoso, portanto, praticando na brincadeira as habilidades que serão necessárias, os filhotes de leão aprendem as lições sem correr riscos que poderiam ser fatais. Mas a caça não é o único perigo a ser enfrentado.
Os filhotes podem também ser ameaçados por outros leões. As brincadeiras são fundamentais para o aprendizado da autodefesa.
leãozinho com a mãe

Exercício e competência

A evolução seleciona os animais que levam a vida com maior competência. Então por que tantos animais despendem energia em brincadeiras? Talvez a evolução favoreça os filhotes que brincam, se isso ajudá-los a sobreviver e a procriar.
As diferentes brincadeiras têm finalidades variadas. Muitas exercitam o corpo em crescimento, mas os saltos e rolamentos acrobáticos de um filhote desacompanhado podem ajudá-lo a compreender e ampliar os vivem em grupos constituídos apenas por fêmeas que dividem os deveres maternais. As capivaras, que pastam nos campos da América do Sul, do Panamá ao Paraguai, mantêm suas ninhadas de até oito filhotes em creches familiares. As fêmeas lactantes amamentam qualquer um que queira mamar.
A mãe elefante geralmente permite que outras fêmeas do grupo tomem conta de seu filhote. Quase sempre são as fêmeas mais novas que desempenham essa tarefa, talvez para aprenderem a cuidar de um filhote, mantendo-o fora de dificuldades — experiência que lhes será útil quando tiverem suas próprias crias.
Algumas aves têm babás, como, por exemplo, as 25 espécies de abelheiros que vivem em regiões tropicais e subtropicais da Europa. Elas vivem em grandes colônias e cavam túneis em bancos de areia. Em quase metade dos ninhos, os filhotes são alimentados por um ou mais ajudantes — geralmente irmãs e irmãos mais velhos que ainda não têm companheiros — e também pelos pais.


Participação familiar na criação de filhotes

leoa brincando com os filhotesEm qualquer bando de leões, as leoas são quase sempre parentes, pois somente em circunstâncias excepcionais elas deixam o grupo em que nascem.
Portanto, quando se vê quatro filhotes sendo amamentados por uma leoa deitada preguiçosamente, eles podem pertencer a quatro mães diferentes.
O provável motivo desse comportamento é que, amamentando seus parentes, a fêmea ajuda a criar animais da s linha familiar e a compartilhar alguns de seus genes.
As leoas não são as únicas fêmeas que cuidam de filhotes que não lhes pertencem.

Caçada

Agachada na grama, com os músculos tensos, a leoa observa seu bando cercando uma zebra em pânico. Cooperando assim e de outras formas, as leoas conseguem criar emboscadas e chegam a matar dois animais de uma só vez. É possível um único grupo de leoas abater até sete gnus em um único ataque.
leãoAs leoas caçam tanto de dia quanto a noite.
Num bando de leões, em geral as fêmeas caçam e os machos ficam observando à distância, aparecendo apenas para o almoço.
Quando a presa chega a uma situação desesperadora, acaba cedendo. Um imenso búfalo africano, por exemplo, pode ferir gravemente um único atacante. Mas um ataque em grupo põe a presa em maior risco, diminui a duração da luta e o risco de ferimentos graves dos participantes.
 As leoas caçam principalmente grandes mamíferos
entre eles antílopes, zebras, javalis, girafas.




Vantagens de caçar em grupo

leoa deitadaOs leões são os mais sociáveis dos grandes felinos, e acreditava-se que as caçadas fossem o motivo dessa sociabilidade — quanto maior o número de leões em um bando, maior a quota de comida para cada um. Mas as observações recentes demonstram o contrário — quanto maior o bando, menor a quota de cada leão.
Um grupo pode ter até 40 indivíduos, sendo a maioria fêmeas.
A vantagem real da caçada em grupo é a capacidade de vigiar a presa morta. Nas planícies gramadas, a presa morta pode ser vista à distância. Mesmo que não fosse vista, os abutressobrevoando a área indicariam sua posição, chamando a atenção de leões de outros bandos e hienas.
A competição por comida é sempre intensa, e uma alcateia de hienas famintas pode afastar um leão solitário de sua presa abatida. Mas um grande bando de leões comendo não permite que os competidores roubem a refeição conquistada a duras penas.


Os leões são predadores de vários animais e, ocasionalmente, sua presa revida. O coice da zebra pode quebrar os dentes do leão, e o da girafa pode estatelá-lo no chão, ou até aleijá-lo.
Foi vista uma manada de gnus enfurecidos pisoteando leões em caça até a morte.

Possui mandíbulas possantes, dotadas de dentes fortes e músculos poderosos, capazes de segurar e rasgar. Quando agarra um bicho e finca-lhe a pata, com um só movimento de cabeça arranca um pedaço da vítima.
Como técnica de caça arrasta-se sem se fazer pressentir e salta velozmente, jogando seu enorme peso sobre a vítima para desequilibrá-la e espremê-la contra o chão.
Possui uma cor que o disfarça entre as ervas, excelente olfato, ouvido e visão apurados. Sua glândula supra-renal em frações de segundo joga adrenalina em seu sangue, tornando-o alerta e combativo.
O leão é uma máquina de caça muito bem construída para seu ambiente. Na savana africana não tem nada a temer de ninguém, a não ser do homem. A evolução o produziu a partir de pequenos caçadores, num ervaçal onde abundavam pacíficos herbívoros.
leões almoçando
Os leões comem de uma só vez a caça inteira. Depois disso eles ficam sem caçar por vários dias.


leãozinho Os mamíferos jovens levam uma vida bastante protegida, em comparação à maior parte dos outros animais. Só brigam por alimento com seus irmãos, e o suprimento de leite — mesmo quando são introduzidos à alimentação adulta — permite-lhes crescer fortes até quase o seu completo desenvolvimento.
Eles são indefesos e dependentes por mais tempo que a maioria dos outros animais, mas são protegidos pela mãe até se tornarem independentes.

Ainda não está satisfatoriamente explicado por que é que a juba do leão cresce mais quando ele vive em cativeiro. E há outras incógnitas: em liberdade, a leoa dá cria cada dois anos; mas, quando o casal vive em cativeiro, nascem filhotes todo ano. E tem mais: ninguém sabe ao certo para que serve a espécie de unha
que o leão possui na ponta da cauda, escondida sob o tufo de pêlos. Alguns dizem que serve para fustigar os filhotes, quando eles molestam o pai em suas brincadeiras; outros afirmam que o leão se arranha com ela quando fica irritado. Mas tudo isto são hipóteses.


Laços inseparáveis criados pelo odor
leoa e leõezinhos
Entre os mamíferos, é comum as fêmeas lamberem os filhotes assim que eles nascem. Esse primeiro ato de cuidado materno ajuda a livrá-los das membranas fetais e a desobstruir suas narinas para que eles possam respirar.
Também ajuda a secar a pelagem, mantendo o calor do corpo, e a eliminar odores que possam atrair predadores.
Esse processo estabelece um elo entre a mãe e o filhote pelo cheiro.
Esse processo familiariza a mãe com o cheiro do filhote e desperta fortes instintos protetores, e o filhote adquire um sentimento de dependência.Laços inseparáveis criados pelo odor
Entre os mamíferos, é comum as fêmeas lamberem os filhotes assim que eles nascem. Esse primeiro ato de cuidado materno ajuda a livrá-los das membranas fetais e a desobstruir suas narinas para que eles possam respirar.
Também ajuda a secar a pelagem, mantendo o calor do corpo, e a eliminar odores que possam atrair predadores.
Esse processo estabelece um elo entre a mãe e o filhote pelo cheiro.
Esse processo familiariza a mãe com o cheiro úo filhote e desperta fortes instintos protetores, e o filhote adquire um sentimento de dependência.

Uma mordida cuidadosa na nuca

Os leões podem ser os reis das planícies africanas, mas seus filhotes nascem cegos e indefesos, como todos os felinos. Seus olhos só se abrem seis dias depois. Para manter os filhotes — cinco no máximo — em segurança, a fêmea os esconde em moitas ou touceiras.
Se hienas ou cães de caça chegarem perto demais do esconderijo, a leoa leva os filhotes.
leoa carregando o filhoteA leoa escolhe com cuidado o esconderijo para os filhotes. Caso sinta-se ameaçada, ela os desloca, um a um, rápida e silenciosamente para um novo esconderijo.
para um local seguro, o mais depressa e silenciosamente possível.
Como todos os felinos, ela pega o filhote pela pele da nuca e mantém a cabeça erguida, para que ele não esbarre em nada.
Como os filhotes ficam quietos, é fácil carregá-los. Eles são ligeiramente pintados, mas essas pintas desaparecem por volta dos três meses, quando eles são desmamados.




Fonte; http://www.ninha.bio.br/biologia/leao.html
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O rugido do leão



O LEÃO é famoso por sua exclusiva habilidade vocal de fazer soar um rugido que pode ser ouvido a quilômetros. O rugido do leão é considerado um “dos mais impressionantes sons naturais”. O leão ruge, em geral, à noite ou ao amanhecer. Tanto o macho como a fêmea rugem e, às vezes, o bando inteiro dá um rugido comunitário.

  Os cientistas que estudam o leão acham que o rugido tem diversas finalidades. Os machos rugem para avisar sobre os limites do seu território e para mostrar agressividade, alertando outros machos que talvez entrem no seu território. Apropriadamente, a Bíblia refere-se aos agressivos, orgulhosos e gananciosos governantes da Assíria e de Babilônia como “leões novos, jubados” que, rugindo, se opunham violentamente ao povo de Deus e o devoravam. — Isaías 5:29; Jeremias 50:17.

  O rugido permite que os membros do bando se localizem quando separados pela distância ou escuridão. Depois da captura de uma presa, o rugido avisa outros membros do bando do local da refeição. Sobre essa característica, a Bíblia comenta: “Fará o leão novo jubado ouvir a sua voz desde o seu esconderijo se não tiver apanhado nada?” — Amós 3:4.


Surpreendentemente, ao caçar animais selvagens, o leão não usa o rugido como estratégia de caça para assustar a presa. No livro The Behavior Guide to African Mammals (Guia de Comportamento dos Mamíferos Africanos), Richard Estes menciona que não há “nenhum indício de que o leão ruja deliberadamente para levar a presa para uma emboscada (pela experiência que tenho, as espécies que lhe servem de alimento em geral ignoram seus rugidos)”.


  Então, por que a Bíblia se refere a Satanás como ‘leão que ruge, e que procura a quem devorar’? (1 Pedro 5:8) Embora animais selvagens aparentemente não se intimidem com o rugido do leão, isso não acontece com o homem e seus rebanhos domésticos. O som aterrorizante do rugido do leão, ressoando na escuridão da noite, assustaria e intimidaria quem não estivesse protegido atrás duma porta trancada. Há muito tempo, foi dito apropriadamente: “Há um leão que [rugiu]! Quem não terá medo?” — Amós 3:8.

  Satanás usa habilmente o medo para intimidar as pessoas e torná-las submissas. Felizmente, o povo de Deus tem um aliado poderoso. Com forte fé no apoio de Deus, eles têm êxito em resistir a esse poderoso “leão que ruge”. Incentiva-se os cristãos a ‘tomar sua posição contra ele, sólidos na fé’. — 1 Pedro 5:9.

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