terça-feira, 1 de julho de 2014

Homem é condenado à prisão no Egito por “curtir” página cristã no Facebook

Na última terça-feira o egípcio Kerolos Shawky foi condenado a seis anos de prisão e a pagar uma multa equivalente a 840 dólares (cerca de 2 mil reais) por “curtir” uma página no Facebook que propaga conteúdo considerado cristão. Shawky foi acusado de blasfêmia e desprezo do Islã, por simplesmente “dar like” na página “Knights of the Cross” (Cavaleiros da Cruz), segundo informações do International Christian Concern (ICC).
Rafla Zekry Rafla, um advogado que representa Shawky, disse que não era a intenção de seu cliente insultar o Islã. Rafla explicou que Shawky não tem muita experiência com a Internet e que também sofre de deficiência visual e que nunca teve qualquer intenção de desprezar, ou cometer blasfêmia contra o Islã.
Kerolos foi condenado pelo tribunal egípcio por violar o artigo 98 (f) do Código Penal egípcio, que proíbe “ridicularização ou insultos a religiões celestiais, ou incitar a luta sectária”. Ironicamente, as acusações públicas contra Kerolos acabaram por incitar a violência local, que acabou com lojas e casas de cristãos vandalizadas e incendiadas.
Sua equipe de defesa pretende recorrer à decisão e espera que a condenação seja revista antes do final deste mês, segundo explicou um de seus advogados ao ICC.
Todd Daniels, gerente regional da ICC para o Oriente Médio, comentou o caso afirmando que o sistema judiciário do país não tem nenhuma preocupação em defender os direitos fundamentais do cidadão.
- O sistema legal do Egito parece não ter preocupação com a defesa do Estado de Direito ou com a proteção dos direitos fundamentais dos cidadãos egípcios. Das convicções frívolas sobre acusações de blasfêmia como aqueles trazidos contra Kerolos (…) os direitos humanos fundamentais estão sendo pisoteados – afirmou Daniels.
- O Egito deve abandonar rapidamente o uso de julgamentos simulados que violam os direitos mais básicos de todos os cidadãos, incluindo a minoria cristã. Os Estados Unidos deveriam usar seu papel como um aliado-chave e doador significativo de fundos para o Egito para garantir que o país está se movendo para proteger os direitos fundamentais dos seus cidadãos – completou.
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Adolescente paquistanesa tem rosto desfigurado por causa de sua fé

Perseguida em seu país, ela refez a vida e pensa em se tornar missionária.

Quando Julie Aftab tinha 16 anos, um homem entrou no escritório onde ela trabalhava no Paquistão, e perguntou se ela era cristã. Quando respondeu afirmativamente, o homem jogou ácido de bateria no rosto dela e, em seguida, agarrou-a pelos cabelos e forçou-a beber parte do líquido. Com isso, ela queimou o esôfago, de acordo com o jornal Houston Chronicle.
No final, Aftab apresentava queimaduras de terceiro grau no peito, nos braços e na maior parte do lado direito do rosto. Sua família a levou para um hospital, que não quis atendê-la. Depois foram para outro onde a situação se repetiu. A mãe pediu tanto a um médico no terceiro hospital para tratar de sua filha que ele acabou concordando.
A jovem não podia falar nem mover os braços. Os médicos disseram que 67% de seu esôfago foi queimado. Ela perdera o olho direito. Os dentes remanescentes podiam ser vistos através dos buracos em seu rosto. Os médicos disseram que ela iria morrer naqueles dias.
Aftab lembra que sentia muita raiva no início, e disse: “Deus, por que você fez isso comigo? Por que me fez passar por isso?”
Lentamente, ela começou a cicatrizar. Três meses e 17 dias depois de ser queimada, ela voltou a falar e recuperou a vista de seu olho esquerdo. Ela passou quase um ano no hospital, se recuperando.
O rosto mutilado da adolescente foi estampado em noticiários, associado ao crime de insultar o islã. Sua família foi perseguida, e sua casa foi incendiada.
“Eles queriam me enforcar”, disse ela. “Eles pensaram que seria um insulto ao Islã se eu vivesse.”
Aftab e seus pais procuraram a um pastor no Paquistão, que prometeu lhes ajudar. Ele contatou o Hospital Shriner para Crianças, que ofereceu o tratamento para ela em Houston.
O pastor deu um conselho valioso antes que ela deixasse o Paquistão, em 2004: “Sua ferida vai curar sem qualquer medicação. Você pode curar de dentro para fora. Se você os perdoar”, disse ele.
Agora, 10 anos e 31 cirurgias depois, Aftab encontrou uma nova vida no Texas, onde está se especializando em contabilidade na Universidade de Houston-Clear Lake e se preparando para receber a cidadania americana este mês.
Ajudado pelos “pais americanos” Lee e Gloria Ervin, aos 26 anos, Afta diz que o ataque apenas aumentou a sua fé.
“Aquelas pessoas… elas acham que fizeram uma coisa ruim para mim, mas me levaram mais para perto de Deus”, explica. “Eles me ajudaram a realizar meus sonhos. Eu nunca imaginei que poderia ser a pessoa que sou hoje.”
Lee e Gloria são evangélicos ativos em sua igreja e ofereceram sua casa prontamente quando souberam que a jovem paquistanesa cristã que viria se submeter a tratamento médico em Houston.
No início, eles se ofereceram para ficar com Aftab seis meses. Lembram que, quando ela chegou, mostrou ser extremamente tímida, olhando para o chão o tempo todo e só andava vestida de preto, da cabeça aos pés.
Como ela não falava inglês, eles a ensinaram a língua usando livros infantis que pagaram na biblioteca da igreja.
O casal diz que sentavam-se com Aftab para consolá-la quando ela acordava assustado no meio da noite, gritando e chorando. Aftab foi visitando uma lista de médicos, que ajudaram na reconstrução de seu rosto, pescoço e orelhas. Cada um deles o fez de graça, desejando ajudá-la.
“Talvez os médicos não sabem o que fizeram. Talvez eles pensem que apenas fizeram o seu trabalho”, disse ela. “Mas para mim, eles me deram uma vida.”
O tempo passou até que, em 2007, Aftab solicitou e recebeu asilo com a ajuda de instituições de caridade. Depois desse ataque, Aftab pôde fazer coisas que nenhum membro de sua família havia feito, incluindo formar-se no ensino médio e ir para a faculdade.
“Eu sou a primeira pessoa de toda a minha família que se formou no ensino médio… e a primeira pessoa da família que entrou para a faculdade. Eu mudei a história da minha família”, comemora.
Ela parou de usar roupas pretas e agora chama suas cicatrizes de “minhas jóias, meu presente de Deus.”
“Você não precisa mais ver as cicatrizes”, disse Lee, 71. “Você tem tanta beleza.”
“Estamos muito orgulhosos dela”, disse Gloria, 72.
A jovem trabalha durante o dia e estuda à noite. Ela planeja se formar em teologia e ser uma missionária. Seu sonho é juntar dinheiro o suficiente para ter uma casa segura para as meninas perseguidas no Paquistão.
“Há uma razão pela qual Deus me deu a vida”, disse ela. “Eu não quero perder nenhum segundo dela.”
A perseguição aos cristãos no Paquistão é um problema constante. No ano passado, as escolas cristãs no Paquistão ficaram fechadas três dias como protesto pelo assassinato do ministro do país que cuida das minorias religiosas.
Os líderes cristãos paquistaneses dizem que se a perseguição das pessoas que “exercem a sua liberdade de consciência e de expressão” continuar sendo permitida, dentro de pouco tempo as coisas irão ficar fora de controle, de acordo com a Associated Press.
Traduzido de Huffington Post
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Mulher cristã é sentenciada à morte por causa de um gole de água

Asia Bibi está em uma cadeia do Paquistão desde 2009.

Para a maioria de seus vizinhos, Aasiya Noreen, mais conhecida como Asia Bibi, é apenas uma mãe pobre de cinco filhos que mora na pequena aldeia de Ittan Wali, no Paquistão. Seu grande crime é ser cristã em um país onde 97% da população é muçulmana.
Desde 2009 ela está numa cela de prisão, podendo enfrentar em breve a morte por enforcamento. A acusação de blasfêmia a persegue. Sua única chance de continuar viva é se converter ao islamismo. Ela sabe que um julgamento justo nunca virá. Mesmo assim, decidiu contar sua história em forma de livro.
O título de suas memórias é justamente “Blasfêmia”, e foi ditado ao seu marido nas vezes que ela a visitou na prisão. Ele entregou o texto à jornalista francesa Anne-Isabelle Tollet, que o revisou e encaminhou para uma editora. Agora Asia poderá mostrar ao mundo a versão da vítima desse caso que se tornou um símbolo da luta pelos direitos humanos.
O governo do Paquistão já sofreu pressão internacional para libertá-la, mas teme a reação dos extremistas muçulmanos. Aos 42 anos ela foi transferida recentemente para uma prisão mais remota, onde teme que seja assassinada. Dois funcionários do governo que tentaram defendê-la desde sua prisão foram assassinados. Um deles era Salman Taseer, governador do Estado de Punjab, o outro era Shahbaz Bhatti, Ministro das Minorias, que foi morto pelo Talibã poucos meses depois.
No livro, Bibi explica a “transgressão” simples que pode lhe custar a vida. Ela vivia pacificamente em sua aldeia até o dia em que foi acusada por uma vizinha, Musarat, e três outras mulheres, de ter insultado o islamismo e o profeta Maomé. Embora tenha negado por diversas vezes, os demais moradores não acreditaram na sua palavra.
O chefe da aldeia disse que ela devia provar isso convertendo-se ao Islã. Ela disse que permaneceria fiel a Jesus. Por isso, Bibi foi agredida violentamente pelos muçulmanos, inclusive com pedaços de pau. Quando estava quase inconsciente, os policiais chegaram e a prenderam sob a acusação de “blasfêmia”.
Na delegacia, com muitos sangramentos e um braço quebrado, pediu compressas para as feridas. Não recebeu e foi algemada e acorrentada, sendo levada para a prisão de Sheikhupura, onde está detida.
O relato biográfico de Asia Bibi será lançado no início de setembro e pretende contar a história desta mulher que se tornou um símbolo dos atos de violência cometidos por questões religiosas, uma clara violação dos direitos humanos. As informações são de Urban Christian News e New York Post.
Leia abaixo um trecho:
“Eu não sei quanto tempo me resta para viver. Toda vez que a porta da minha cela se abre, meu coração bate mais rápido. Minha vida está nas mãos de Deus e eu não sei o que vai acontecer comigo. É uma existência brutal, cruel. Mas eu sou inocente. Eu sou culpada apenas de ser considerada culpada. Estou começando a me perguntar se ser cristão no Paquistão, hoje em dia não é apenas ser diferente, mas se trata de um verdadeiro crime.
Mesmo mantida nessa minúscula cela sem janelas, quero que minha voz e minha raiva possam ser ouvida. Eu quero que o mundo inteiro saiba que eu posso ser enforcada por causa do meu vizinho. O que eu fiz de errado? Eu bebi água de um poço pertencente aos muçulmanos, usando o copo “deles”, no calor ardente do sol do meio-dia.
Eu, Asia Bibi, foi condenada à morte porque estava com sede. Eu estou prisioneira porque decidi ser gentil com uma vizinha. Eu servi um copo de água e ofereci e ala. Usei o mesmo copo que as mulheres muçulmanas, pois a água servida por uma mulher cristã era considerada impura pelas outras mulheres da vila, aquelas ignorantes catadoras de frutas.
Aquele dia, 14 de junho de 2009, está impresso em minha memória. Eu ainda posso ver cada detalhe. Acordei cedo de manhã e fui participar da colheita e trabalhei muito… até que tive sede… Uma outra mulher estava junto comigo no poço. Após eu beber no copo de metal que fica no poço, ofereci a ela. Foi quando Musarat começou a gritar “haram” [pecado]… Ouçam, todas vocês, esta cristã sujou a água do poço, bebendo em nosso copo e mergulhando-o de volta várias vezes. Agora a água está suja e não podemos mais beber! Por causa dela!
Era tão injusto, que pela primeira vez decidi me defender e levantar minha voz. “Eu acho que Jesus vê as coisas diferentemente de Maomé.” Musarat fica furiosa. “Como você se atreve a falar do Profeta, seu animal imundo!” Três outras mulheres começam a gritar ainda mais alto.
“Isso mesmo, você é apenas uma cristã imunda! Você contaminou a nossa água e agora se atreve a falar o nome do Profeta! Cadela estúpida, seu Jesus não tinha sequer um bom pai, ele era um filho da prostituta, você não sabe disso. “
Musarat parecia que vinha me agredir e gritou: “Você deveria se converter ao islamismo para se redimir de sua religião imunda”.
Eu ainda sinto uma profunda dor dentro do meu peito. Nós, cristãos, sempre ficamos em silêncio. Fomos ensinados desde bebês a nunca dizer nada e mantermos a calma, por que somos uma minoria. Mas eu sou teimosa demais e queria reagir, queria defender a minha fé. Respirei fundo e enchi meus pulmões com coragem. “Eu não vou me converter. Eu acredito na minha religião e em Jesus Cristo, que morreu na cruz pelos pecados da humanidade. O que o seu profeta Maomé fez para salvar a humanidade? E por que eu deveria me converter e não você?”
Musarat cuspiu na minha cara com todo o desprezo que ela podia demonstrar. Elas me empurraram. Mesmo enquanto eu corria para casa, ainda podia ouvi-las me ofendendo”.
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