Você acredita em milagres de Deus? Posso afirmar que sou a prova viva de vários milagres. Porém, contarei aqui parte do que Deus realizou na minha vida. Que esse testemunho possa edificar a sua vida, e que seja tudo para honra e glória do Senhor!
Em janeiro de 2002 nascia a minha filha Paula, um casamento de 10 anos, e sem filhos. A nossa relação estava totalmente desgastada, o meu marido só chegava em casa bêbedo todos os dias; me sentia só e sem nenhum estímulo. Achei que um filho poderia melhorar tudo. Que poderia mover o coração dele e incentivá-lo a se dedicar mais a família. Porém, nada disso aconteceu... A minha filha nasceu e ele nem mesmo me acompanhou ao hospital.
Passando alguns meses, comecei a ter fortes dores de cabeça, seguida de desmaios. Não imaginava o que poderia ser. Morava longe dos meus familiares, e não queria preocupá-los. Achei que iria melhorar que poderia ser emocional. Comecei a me preocupar mais, pois às vezes acordava dos desmaios machucada. E em uma das vezes, estava com a minha filha bebê no colo.
Conversei com uma vizinha sobre o que estava acontecendo, e ela me convidou a ir até a casa de um pastor. Disse que o homem “revelava” as coisas de Deus. Porém, eu nunca acreditei nessas coisas. Era membro de uma igreja evangélica tradicional, e achava isso tudo muito “fantasioso”. Para ser mais objetiva, não tinha fé nessas coisas de revelações. Sempre acreditei que Deus usa a sua própria palavra para falar conosco e que essa é a única revelação. Contudo, para não decepcionar a vizinha. Eu concordei em ir. E como era próximo a minha casa, não iria ser nenhum sacrifício. A vizinha ficou feliz por eu aceitar. E no mesmo momento, ela pegou a minha filhinha no colo e fomos a até a casa do pastor. Chegando lá, a cena que me deparei, foi com uma sala pequena e mais ou menos, umas 20 pessoas de pé aguardando o pastor chamar para oração. Ele pedia para que a pessoa se ajoelhasse no centro da sala e orava com as mãos sobre a cabeça das pessoas. As orações demoravam demais, e eu já estava “agoniada”, queria ir embora dali. Chamei a vizinha que não saiu do meu lado, e disse bem baixo: “Vamos embora, isso vai demorar, e para ser muito sincera com você, eu não acredito em nada disso.” E ela concordou em irmos embora. Quando já estava para sair, o homem abriu um espaço entre as pessoas e falou diretamente para mim: “Deus me manda orar por você!” e eu pensei: “Ah não! Logo agora que ia embora esse pastor me descobriu aqui no cantinho.” Não poderia recusar, fiquei sem ação, e fui até o centro para me ajoelhar e receber a oração. Quando o homem iria começar a orar, ele falou exatamente assim: “Minha filha, eu vou orar por você, mas Deus manda que você procure os médicos. Esses desmaios é caso para os médicos.” E logo em seguida ele orou. Levantei dali tremendo. E me perguntando... Como esse pastor sabe dos desmaios?
Saímos eu e a vizinha com a minha filhinha logo após a oração. E eu fiz a pergunta que não queria calar: Como esse pastor sabia dos desmaios? Eu tinha plena certeza que a vizinha não falou nada, pois esteve todo tempo ao meu lado. E ela disse: Deus mostra as coisas a ele. Sinceramente pela primeira vez comecei a acreditar que realmente isso poderia acontecer, mas confesso que ainda me faltava fé.
No dia seguinte procurei um clínico geral, que imediatamente me encaminhou para um neurologista. E o mesmo, me fez alguns exames no próprio consultório. Ele bateu no meu joelho, pediu que eu acompanhasse um objeto na mão dele com os olhos, e depois com uma lanterna ele examinou meus olhos. Terminando isso, me mandou voltar no dia seguinte para outro exame, sem me falar absolutamente nada.
No dia seguinte cheguei na hora marcada, com a minha filha no colo. E ele disse que não poderia estar só e muito menos com uma criança. Mas expliquei que não tinha com quem deixar a minha filha e que não tinha ninguém que pudesse me acompanhar. Foi então que o médico chamou uma auxiliar para ficar com a minha filha, para que eu pudesse fazer o tal exame. Achei que seria algo como o que fez no dia anterior. Mas... O médico me colocou em uma maca, deitada de costas, e com uma seringa com uma agulha enorme, retirou um pouco do líquido da minha medula. Senti uma dor muito grande. Logo em seguida, sem nem mesmo mandar o líquido para o laboratório, ele me disse: Você terá que fazer uma ressonância magnética do cérebro. Pois você tem um aneurisma. (um coágulo de sangue no cérebro), que pode se romper a qualquer momento. Saí do hospital muito assustada, sentei na recepção e chorei muito. Uma senhora se aproximou e perguntou o que estava acontecendo. E eu em prantos, expliquei a ela. Foi então que a senhora me disse: “Minha filha, procure outro médico, esse médico que te atendeu é louco, todos falam que ele tem problema psiquiátrico.” Fiquei ainda mais assustada, porém, aliviada. Pois imaginei que o médico poderia realmente ser surtado.
No dia seguinte, eu peguei a minha filha, e fui para casa da minha mãe, que fica a duas horas e meia da minha casa. Chegando lá, não falei nada com a minha mãe sobre o que estava acontecendo. Só pedi para ficar com a minha filha, que eu precisava ir ao centro da cidade. Imediatamente procurei um hospital especializado em neurologia. Expliquei na recepção o que estava acontecendo, e o que o médico supostamente “surtado” havia me falado. E a mulher marcou para que eu retornasse em 26 dias para a primeira consulta. Tentei conversar, pedi para adiantar. Mas nada feito! Saí do hospital bem triste, e quando já estava quase no portão, encontrei com uma amiga que não via há anos e que trabalhava no hospital. Conversei e expliquei tudo a ela. E logo ela me levou de volta. Subimos o elevador, me colocou na sala do melhor especialista daquele hospital. O médico no mesmo instante mandou que eu fizesse uma angioressonância. Fiquei naquele hospital até anoitecer, e saí de lá com o resultado nas mãos: dois aneurismas cerebrais.
O tempo passou... Fiz todo tratamento, passei pela embolização e fiquei curada, sem nenhuma sequela.
Em Março de 2009, fui ao Posto de Saúde, fazer um exame preventivo de rotina. Havia tido um dia de intensas atividades. Aquela segunda feira fora o dia de abertura do meu projeto de conclusão do curso Mestrado em Educação pela UFRJ.
A enfermeira do Posto detectou um nódulo na minha mama direita, na realidade, ela disse que parecia ter alguma coisa ali, mas que não estava conseguindo perceber com precisão. Perguntou-me se gostaria de fazer uma mamografia, e obviamente eu concordei. Entreguei o pedido no local indicado pela enfermeira e retornei inúmeras vezes, porém, a recepcionista sempre me dava desculpas: um dia a máquina estava quebrada, outro dia não tinha vaga e assim o tempo foi passando...
Depois de três meses, resolvi pagar o exame particular. E para minha surpresa no dia em que fui buscar o resultado, havia sido detectado um nódulo. Voltei ao posto, onde fui encaminhada ao INCA (Instituto Nacional do Câncer), no Rio de Janeiro.
Chegando ao INCA tive que refazer o exame, onde confirmou o nódulo. A partir da confirmação, o médico fez outro exame (pulsão), que coleta com uma seringa o líquido do nódulo e manda para o laboratório. Depois de uma semana de espera angustiante, retornei ao Hospital, onde o diagnóstico foi: Carcinoma infiltrante.
O médico me aconselhou a iniciar com sessões de quimioterapias, pois o nódulo era muito grande e só após 10 sessões iria me operar. O que de fato aconteceu, iniciei as sessões de quimioterapias (um sofrimento muito grande). Detalhe... Não contei a ninguém da minha família sobre a doença. A minha mãe iria completar 70 anos no dia 7 de setembro, e a família programou uma festa para ela. Achei que se falasse, iria acabar com toda alegria da minha mãe e das minhas irmãs. Com isso, passei quase três meses sem falar nada a ninguém.
No dia seguinte a festa da minha mãe, sentei com a minha irmã, que também já teve câncer de mama e extraiu toda a mama (há 14 anos) e contei tudo. Ela me abraçou com muito carinho, chorou comigo e disse palavras que estava precisando ouvir. Chamou a minha mãe, e a minha irmã mais velha e contou tudo no mesmo instante. Vi o semblante de a minha mãe cair, e ela declarar: “Senhor, porque isso novamente?” Eu abracei a minha mãe e disse: “Mãe, não se preocupe, eu tenho certeza que ficarei curada em breve.” Claro que não tinha certeza de nada, mas, precisava mostrar forças para minha mãe.
No início de outubro do mesmo ano, fui a uma igreja, Assembléia de Deus Ministério Família de Deus no Bairro da Colina em São Pedro da Aldeia. Não conhecia ninguém naquela igreja, e senti um desejo muito grande de ir até lá. Chegando naquela igreja pequena, percebi que era culto da família e o pregador da noite era uma pessoa convidada da igreja. Durante o culto, eu sentia que algo estava acontecendo comigo, sentia como se alguém estivesse mexendo na minha mama. Uma sensação muito estranha, diversas vezes eu olhava, pois parecia muito real. Quando o pregador terminou. Ele pediu ao pastor da igreja se poderia falar uma coisa com uma pessoa que estava ali. Disse que Deus mostrou algo para ele enquanto pregava. E o homem apontou para mim. Me chamou lá na frente. Ele achava que eu era membro daquela igreja. Não me conhecia e nem eu a ele.
Foi que o homem disse: Minha amada, enquanto eu pregava, eu via você deitada em local como se fosse um centro cirúrgico. Só que não eram médicos que te operava, era Deus. E ele disse ainda, você pode até nem saber que está doente, mas eu te afirmo que Deus te operou da cintura para cima, não sei o local exato. Só sei que você foi curada por Deus hoje. E eu só sabia chorar. Pois não conhecia ninguém ali, ninguém sabia que estava com câncer e ao mesmo tempo, o que aquele homem falou, só confirmava o que eu sentia durante todo o culto. Como se alguém mexesse em minha mama. Não disse nada para o homem, e nem para ninguém naquela igreja. Só recebi a oração de agradecimento que ele fez por mim e saí dali chorando... Pois naquele momento eu não tinha mais dúvidas de que Deus havia me curado.
Cheguei em casa, sentei com a minha mãe e com o meu marido (que continuava bebendo) o casamento só existia por causa de uma certidão. Não havia nenhum tipo de relacionamento com o meu marido desde 2002. E contei o que aconteceu naquela igreja. Minha mãe olhou assustada e o meu marido também. Porém, os dois foram enfáticos. Disseram que deveria procurar o hospital para pedir novos exames.
Fui direto ao INCA, e contei o que aconteceu para o médico, e ele me disse: "não acredito nessas utopias de crente", Não vou refazer nenhum exame. Você tem um carcinoma de quase 3 centímetros e está com cirurgia marcada para janeiro.
Saí do hospital e decidi por minha conta fazer o exame em uma Clínica particular, minha irmã me acompanhou. Aguardei um pouco, e o resultado não aparecia nenhum nódulo. Após o resultado, contei ao médico que fez o exame, mostrei a ele todos os exames do INCA e ele me aconselhou a retornar e mostrar o novo resultado ao médico que me acompanhava. O médico não queria me atender, fiquei quase o dia inteiro para que ele concordasse em me atender, e quando ele viu o resultado, disse que estava errado, que clínicas particulares erram nos laudos e tal... Foi então que insisti para que fizesse o exame novamente. Após muita insistência, ele aceitou refazer o exame. O resultado não poderia ser outro: Não havia mais nódulo. Refiz o exame mais duas vezes, e o nódulo sumiu.
O médico ficou atônito, disse que não sabia o que tinha acontecido; e eu disse a ele que eu sabia exatamente, que foi um milagre. Que eu já tinha certeza, mas que Deus precisava mostrar pra ele que o mesmo Deus de ontem, é o Deus de hoje. O mesmo Deus que operava milagres, ainda continua operando grandes milagres e a prova estava ali. Diante dos olhos dele. Eu estava curada!
Glorifiquei e Glorifico muito a Deus por receber essa bênção, sei que não merecia nada, porém me coloquei a inteira disposição de Deus para falar não só do milagre que ele operou na minha vida, mas principalmente para declarar que o mesmo Deus que cura, é o Deus que salva e transforma vidas. Que o mesmo Jesus que operou milagres há mais de dois mil anos atrás, ainda opera milagres hoje. E muito mais que milagres, Ele é um Deus que salva. Que faz das coisas impossível possibilidade.
Há um ano, o meu marido recebeu Jesus em sua vida, verdadeiramente houve conversão na vida dele. O Senhor faz a obra por completo, pois o amor que já não existia em mim, Ele restitui. Hoje temos um casamento restaurado, vivemos um casamento feliz e com amor. Temos a alegria de uma família unida pelo Senhor.