quinta-feira, 22 de março de 2012

George Whitefield (1714 – 1770)


Espie comigo através da janela da História e olhe para o século XVIII incrustrado com gênios:
Aquele pomposo almofadinha que vemos ali é Beau Nash, famoso por ser o mestre de cerimônias da elegante corte em Bath, Inglaterra. (Um pouco mais tarde John Wesley iria perfurar o seu orgulho).
Aquela personalidade que vem se aproximando agora não é outro senão a celebridade literária, Dr. Samuel Johnson. John Wesley, certa vez, declinou uma refeição até tarde com Johnson porque isso o deteria de acordar cedo na próxima manhã para orar. (Marque isso, pregador!). O companheiro do Dr. Samuel Johnson, com uma pena afiada, é Boswell (advogado escocês).
Em um despretensioso lugar não muito longe dali temos um homem elaborando desenhos, naquilo que iria se tornar uma famosa pintura: “The Blue Boy”. Parabéns, Gainsborough! (pintor inglês).
Em outra área, com suor na testa, alma e mente, Howard (xerife inglês) está trabalhando para efetuar reformas no sistema prisional inglês. Acima, no Parlamento, William Wilberforce (político inglês), com uma língua de escorpião, está açoitando os legisladores por causa dos males da escravidão.
Philip Sheridan, o teatrólogo irlandês e político, ficou cheio de orgulho da sua School for Scandal (“Escola para o Escândalo” – peça teatral). Por algum tempo Sheridan foi dono do Drury Lane Theatre. Eu ficaria maravilhado se ele tivesse David Garrick, o príncipe dos atores naqueles dias, atuando em suas peças.
Consegue ouvir aquelas melodias celestiais? Eis aqui outro típico inglês (naturalizado). Seu nome? Handel (compositor). Com os olhos cheios de lágrimas e seus braços levantados ao céu, esse gênio está cantando algumas das melodias do seu “Messias” (composição musical) e as entremeando com alguns “aleluias” (Será por isso que ele foi reputado como bêbado quando compôs seu bendito oratório?).
Ainda, antes de deixarmos a maravilhosa Inglaterra desse período e pularmos por sobre o canal (Canal da Mancha) para dar uma espiadela no gênio mal de Voltaire (filósofo francês), vamos espiar através de uma pequena janela. Aqui está a “cara lavada” de Hogarth (pintor e cartunista), pintando uma de suas sátiras políticas que o fizeram imortal.
Vamos à França agora. Voltaire senta-se poderosa e altamente em seu trono de ceticismo. Desmentindo que ele era um ateísta, esse brilhante deísta verteu desdém e sátira sobre as doutrinas cristãs. Se ele foi o pai da Revolução Francesa, ele provavelmente foi aguilhoado a fazer isso devido à perseguição e amargura dos Jesuítas que reinavam em seus benefícios sacerdotais.
Mas Voltaire aparenta ter sido um homem de compaixão também. Ele foi honesto em avaliação. Sangster de Westminster (pastor e teólogo) disse: “Voltaire, quando foi desafiado a apontar um caráter tão perfeito quanto o de Cristo, na mesma hora mencionou Fletcher de Madely” (homem que traiu o comandante de seu navio e acabou morto em uma conspiração. É uma famosa história literária inglesa. Foi usada por Ravenhill como uma sátira da “honesta” avaliação de Voltaire sobre Cristo).
Aqui então terminamos com uma visão geral do século XVIII e sua safra de intelectuais e homens de feitos heroicos. Cada um dos anteriormente mencionados teve um lugar ao sol. Cada um teve uma habilidade peculiar.
Mas o que Johnson e Boswell foram na literatura, o que Reynolds e Gainsborough foram nas artes, o que Sheridan e Garrick foram no teatro, John Wesley e George Whitefield foram na Igreja do Deus vivo – e somente eles foram tanto e em tão alto grau.
Aqui está um daqueles abençoados paradoxos que o Senhor produz. Assim como alguns anos antes os Beecher’s (culta família cristã) determinaram o comportamento na Nova Inglaterra (nordeste dos EUA), assim os Wesley’s, na Inglaterra, foram uma família de cultura e que definia padrões. Apesar disto, esse cavalheiro de Oxford, John Wesley, era o homem que o Senhor usou com os mineiros do interior de Bristol, Inglaterra. E aquele garoto vesgo nascido na taverna de Gloucester (George Whitefield) foi o Davi selecionado para suceder em preferência a Saul e Jonatas, com a missão de evangelizar o estado-maior da Inglaterra com todos os seus mantos de seda.
Fogo produz fogo. Em minha opinião, John Wesley tomou um pouco do seu zelo abrasador de George Whitefield. Nos dias de hoje alguns reivindicam que o avivamento, geralmente chamado de “Avivamento Wesleyano”, não foi o avivamento de Wesley coisa nenhuma. E ainda, eles dizem, ele (Wesley) não o começou. (Para provar ou desmentir isso, nós podemos esperar até o grande dia do julgamento).
No campo pregando, o inflamado Whitefield certamente precede Wesley. Wesley pegou a tocha do avivamento que Whitefield lançou quando foi para a América.
Whitefield chegou na América após um verdadeiro espancamento no tempestuoso Atlântico, a bordo de um barco que a Comissão Marítima não licenciaria nos dias de hoje para uma viagem no rio. Novamente Whitefield lançou a brasa do seu zelo. Dessa vez foi dentro do coração de Gilbert Tennant (um dos líderes do Grande Avivamento americano), que, como somos levados a crer, pôde superar seu tutor. (Isso parece impossível). Ainda maiores multidões enfrentaram as nevascas para ouvir Tennant depois que Whitefield deixou a Nova Inglaterra.
Esqueça por um momento os outros experimentos que Benjamin Franklin fez. Nesse instante veja-o parado diante do púlpito onde Whitefield estava. Chegando cada vez mais para trás até que não pudesse mais ouvir distintamente, ele marcou lá um ponto. Mais tarde ele calculou a distância e concluiu que 30.000 (trinta mil) pessoas ouviram o ungido Whitefield em apenas uma reunião, e o ouviram confortavelmente sem nenhum amplificador!
Mas as audiências de Whitefield nem sempre foram grandes. Em uma viagem através do Atlântico, quando ele possuía apenas 25 (vinte e cinco) anos – alto, gracioso e esbelto – ele discursou para um grupo de apenas trinta pessoas.
Seu púlpito era o oscilante convés de um barco cujas velas estavam esfarrapadas e os instrumentos de navegação completamente fora de operação! Seu cobertor era uma pele de búfalo, e ainda que ele tenha dormido na parte mais protegida do navio, ele tomou um banho completo por duas vezes durante uma única noite. O barco levou três meses para avistar a costa da Irlanda!
Sobre o Atlântico ou do outro lado dele, tanto pregando para alguns poucos em uma escotilha de barco quanto impactando arrebatadoramente uma vasta audiência no campo, a mensagem de Whitefield era a mesma: “Em verdade, em verdade, vos digo, a não ser que um homem nasça de novo, ele não pode ver o reino de Deus”.
A lâmpada que iluminou a vereda do Reino de Deus para Whitefield foi um livro. Em Oxford, Charles Wesley avistou Whitefield e lhe passou “A Vida de Deus na Alma do Homem”, de Henry Scougal.
Na América, Whitefield investiu através das florestas impenetráveis para alcançar os silvícolas (índios). De tribo em tribo ele foi de cabana a cabana. Para chegar às aldeias dos Delawares, ele se lançou nas furiosas corredeiras em uma frágil canoa indígena. Ele desentocou até mesmo os caipiras: todos os homens deveriam ouvir a mensagem; eles deveriam ter a vida de Deus em suas almas.
Das miseráveis aldeias dos silvícolas, esse pregador semelhante a um serafim, movia-se com a mesma tranquila disposição para as imponentes casas históricas da Inglaterra. De onde vêm aquelas carruagens? O que atraiu e reuniu aqueles poetas, lordes e príncipes, filósofos e letrados? Orgulhosos da sua linhagem e “sangue azul”, aqueles aristocratas vinham – muitos deles três vezes por semana – para ouvir as palavras ásperas: “Deveis nascer de novo”.
De uma câmara aristocrática com um pungente aroma de caríssimos perfumes, Whitefield arremetia-se para um encontro nas ruas. Tente pegar sua alegria quando ele diz: “Aqui eu sou honrado com pedradas, excremento, ovos podres e partes de gato morto atirados contra mim”!
Vindo de Gloucester como ele veio, Whitefield sabia que, por ser tão franco sobre as coisas de Cristo durante o reinado da Rainha Maria, o Bispo Hooper de Gloucester foi queimado enquanto tinha ao alcance dos olhos sua própria catedral. Whitefield não se importava com as consequências da obediência. Tyndale (publicador de uma das primeiras Bíblias inglesas) foi um homem de Gloucester também, e pense o que sua fé lhe custou!
Whitefield era do tipo: “Baxter-Brainerd-McCheyne”; ele usava o arnês (antiga armadura completa) da disciplina com tranquilidade. Ele cravou estacas profundas em sua própria mente. Seus “não farás” eram para si mesmo, e ele nunca forçou outros a vestir seus panos-de-saco (vestes de luto).
O elogio (?) do Papa sobre Lutero: “Essa besta alemã não ama o ouro”, poderia ter sido dito a respeito de Whitefield também.
Qual era o segredo do sucesso de Whitefield? Eu penso que três coisas: Ele pregou um Evangelho puro; ele pregou um poderoso Evangelho; ele pregou um Evangelho apaixonado.
Cornelius Winter (pastor), que frequentemente viajou, comeu e dormiu no mesmo quarto que Whitefield disse: “Ele raramente passava por um sermão sem lágrimas”. Do outro lado, uma senhora de posição em Nova Iorque disse: “o senhor Whitefield foi tão agradável que me tentou a ser cristã”.
Homens da literatura do seu tempo frequentaram seus encontros. Lord Chesterfield, frio como era, aqueceu-se sob sua pregação. Lord Bolingbroke, um crítico pouco generoso, disse: “Ele (Whitefield) é o homem mais extraordinário dos nossos tempos. Ele tem a autoridade e eloquência que nunca ouvi em ninguém”.
Foi dito de David Hume, o filósofo cético escocês – e um deísta como era – que saiu correndo às cinco horas da manhã para ouvir Whitefield pregar. Perguntado se ele acreditava no que o pregador pregava, ele respondeu: “Não, mas ele acredita”!
Franklin da América, um filósofo calculista e sangue-frio, disse sobre o avivalista Whitefield: “Foi maravilhoso ver a mudança efetuada pela sua pregação nos modos dos habitantes da Filadélfia. De descuidado ou indiferente acerca da religião, parece como se todo o mundo estivesse crescendo religioso”.
John Newton (compositor da canção “Amazing Grace”), um gigante da pregação tanto quanto da poesia, disse de Whitefield: “Parecia como se ele nunca pregasse em vão”.
Um comentário de John Wesley sobre ele: “Porventura já lemos ou ouvimos de qualquer pessoa que chamou tantos milhares, tantas miríades de pecadores ao arrependimento? Sobretudo, por acaso já lemos ou ouvimos acerca de qualquer um que tem sido um instrumento abençoado de Deus para trazer tantos pecadores das trevas para a luz, e do poder de Satanás para Deus, como Whitefield”?
O velho Henry Venn de Huddersfield e Yelling (ministro evangélico e teólogo) declarou: “Raramente qualquer um igualou-se ao senhor Whitefield”.
George Whitefield caminhou com grandes homens, como o Marquês de Lothian, o Conde de Leven,  Lord Dartmouth e Lady Huntingdon. Mas melhor ainda, ele caminhou e falou com Deus. Ele ouviu o que Deus disse, viu o que Deus viu e amou como Deus amou. Um provérbio árabe diz: “É o melhor orador aquele que transforma os ouvidos dos homens em olhos”. Essa alma maravilhosa fez justamente isso.
Deus de Whitefield, dê-nos hoje homens como Whitefield, que podem permanecer como gigantes no púlpito, mas ao mesmo tempo homens com corações carregados, lábios inflamados e olhos transbordantes (de lágrimas).
E, Deus, por favor faça isso logo!
Traduzida da versão da Bethany House Publishers. Este artigo de Leonard Ravenhill foi veiculado no DAYSPRING, com direito autoral da Bethany House Publishers, 1963, um ministério da Bethany Fellowship, Inc. Todos os direitos reservados. Biografia protegida por direitos autorais.

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John Wesley



(EpworthInglaterra17 de junho de 1703 — Londres2 de março de 1791) foi um clérigo anglicano e teólogo cristão britânico, líder precursor do movimento metodista e, ao lado de William Booth, um dos dois maiores avivacionistas da Grã-Bretanha. 


Casa de John Wesley, em Londres 

INTRODUÇÃO
John Wesley viveu na Inglaterra do século XVIII, uma sociedade conturbada pelaRevolução Industrial, onde crescia muito o número de desempregados. A Inglaterra estava cheia de mendigos itinerantes, políticos corruptos, vícios e violência generalizada. Ocristianismo, em todas as suas denominações, estava definhando. Ao invés de influenciar, o cristianismo estava sendo influenciado, de maneira alarmante, pela apatia religiosa e pela degeneração moral. Dentre aqueles que não se conformavam com esse estado paralisante da religião cristã, sobressaiu-se John Wesley. Primeiro, durante o tempo de estudante naUniversidade de Oxford, depois como líder no meio do povo. 

INFÂNCIA

John Wesley, décimo terceiro filho do ministro anglicano Samuel e de Susana Wesley, nasceu a 17 de junho de 1703, em Epworth na Inglaterra.
Devido às atividades pastorais que impediam o Reverendo Samuel de dar a devida assistência ao lar, Susana assumiu a administração financeira da família e a educação dos filhos e filhas. Disciplinava com rigidez os filhos, mantendo horário para cada atividade e reservando um tempo de encontro com cada filho para conversar, estudar e orar.

INCÊNDIO EM SUA CASA
Ainda na infância, John Wesley foi o último a ser salvo, de forma miraculosa, em um incêndio que destruiu toda sua casa, onde estivera preso no segundo andar. A partir desse dia, Susana, sua mãe, dedicou-lhe atenção especial, pois entendeu que Deus havia poupado sua vida para algo muito especial.
Aos cinco anos de idade, Susana Wesley começou a alfabetizar o John, usando o livro dos Salmos como apostila.
John estudou com sua mãe até os 11 anos. Entrou, então, para uma escola pública, onde ficou como aluno interno por seis anos. Aos 17 anos, foi para a Universidade de Oxford.

ESTUDOS
John Wesley iniciou seus estudos em Oxford onde começa a se reunir com um grupo de estudantes para meditação bíblica e oração, sendo conhecidos pelos colegas universitários de "Clube Santo", ele não inventou o nome: alunos, notando que os membros do grupo tinham horário e método para tudo que faziam, os tacharam como 'metodistas'. Wesley preferia chamá-los simplesmente de 'Metodistas de Oxford'..
Neste grupo Wesley e seu irmão Carlos iniciaram a visitar e evangelizar os presídios. Wesley passou então a se interessar mais pela questão social de seu país e a miséria que a Inglaterra vivia na época.
Assim, gradua-se em Teologia, e pode ajudar a seu pai na direção da Igreja Anglicana.
Isto até os 32 anos, quando atendeu a um apelo: precisava-se de missionários na Virgínia, Nova Inglaterra.
Há uma equivocada história de que o reverendo Wesley havia sido maçom. Houve um homem de nome John Wesley em Downpatrick, Irlanda, que se tornou mestre maçom em 13 de Outubro de 1788. O reverendo Wesley também esteve em Downpatrick algumas vezes, mas não nesta data. Em 13 de Outubro de 1788 o diário do reverendo John Wesley registra que ele esteve em Wallingford, proximidade de Londres. 

MISSÃO NA VIRGINIA
Um dos episódios que marcou o início do metodismo foi a viagem missionária de Jonh Wesley aos EUA - Virgínia para "evangelizar os índios" sendo praticamente fracassado. Em sua viagem de retorno Jonh Wesley expressa sua frustração "fui à América evangelizar os índios, mas quem me converterá?". Durante uma tempestade na travessia do Oceano Atlântico, Wesley ficou profundamente impressionado com um grupo de morávios (grupo de cristãos pietistas que buscavam a conversão pessoal mediante o Espírito Santo) a bordo do navio que, durante uma grande tempestade, as crianças e os adultos moravios cantavam e louvavam ao nome do Senhor (Deus)e Wesley vendo a fé que tinham diante do risco da morte (o medo de morrer acompanhava Wesley por ele achar que, Deus não poderia o justifica-lo mediante seus pecados e por isso constantemente temia a morte desde sua juventude) predispôs à seguir a fé evangélica dos morávios. Retornou à Inglaterra em 1738. 

CONVERSÃO



Após 2 anos, John Wesley volta desiludido com o trabalho realizado na Virgínia. Encontra-se, então, com Pedro Böhler, em Londres. Böhler era pastor moraviano (da MoráviaAlemanha) e com ele John Wesley se convence de que a fé é uma experiência total da vida humana. Procurou, então, libertar-se da religião formalista e fria para viver, na prática, os ensinos de Jesus.
No dia 24 de maio de 1738, numa pequena reunião, ouvindo a leitura de um antigo comentário escrito por Martinho Lutero, pai da Reforma Protestante, sobre a carta aos Romanos, John sente seu coração se aquecer (entende-se que Wesley experimentava o "batismo no Espírito Santo"). Experimenta grande confiança em Cristo e recebe a segurança de que Deus havia perdoado seus pecados.

A EXPERIENCIA  DO CORAÇÃO AQUECIDO
No dia 24 de maio de 1738, na rua Aldersgate, em Londres, Wesley passou por uma experiência espiritual extraordinária, é assim narrada em seu diário:
"Cerca das oito e quinze, enquanto ouvia a preleção sobre a mudança que Deus opera no coração através da fé em Cristo, senti que meu coração ardia de maneira estranha. Senti que, em verdade, eu confiava somente em Cristo para a salvação e que uma certeza me foi dada de que Ele havia tirado meus pecados, em verdade meus, e que me havia salvo da lei do pecado e da morte. Comecei a orar com todo meu poder por aqueles que, de uma maneira especial, me haviam perseguido e insultado. Então testifiquei diante de todos os presentes o que, pela primeira vez, sentia em meu coração".
Nos 50 anos seguintes, Wesley pregou em média de três sermões por dia; a maior parte ao ar livre. Houve uma vez que pregou a cerca de 14.000 pessoas. Milhares saíram da miséria e imoralidade e cantaram a nova fé nas palavras dos hinos de Carlos Wesley, irmão de John. Os dois irmãos deram à religião um novo espírito de alegria e piedade.

IGREJA
Como não havia muitas oportunidades na Igreja Anglicana, Wesley pregava aos operários em praças e salões - muito embora ele não gostasse de pregar fora da Igreja - E tornou-se conhecidíssima esta sua frase: "o mundo é a minha paróquia". Influenciados pelos moravianos, John e seu irmão Carlos organizaram pequenas sociedades e classes dentro da Igreja da Inglaterra, liderados por leigos, com os objetivos de compartilhar, estudar a Bíblia, orar e pregar. Logo o trabalho de sociedades e classes seria difundido em vários países, especialmente nos EUA e na Inglaterra e estaria presente em centenas de sociedades, com milhares de integrantes. Com tanto serviço, Wesley andava por toda a parte a cavalo, conquistando o apelido de 'O Cavaleiro de Deus'. Calcula-se que, em 50 anos, Wesley tenha percorrido 400 mil quilômetros e pregado 40 mil sermões, com uma média de 800 sermões por ano. John Wesley deixou um legado de 300 pregadores itinerantes e mil pregadores locais. A Igreja Metodista, como Igreja propriamente, organizou-se primeiro nos EUA e depois na Inglaterra (somente após a morte de Wesley no dia 2 de março de 1791). 

DOUTRINA
  • Wesley ensinava que a conversão a Jesus é comprovada pela prática (testemunho), e não pelas emoções do momento.
  • Valorização dos pregadores leigos que participavam lado a lado com os clérigos da Missão de evangelização, assistência e capacitação de outras pessoas.
  • Afirma que o centro da vida cristã está na relação pessoal com Jesus Cristo. É Jesus quem nos salva, nos perdoa, nos transforma e nos oferece a vida abundante de comunhão com Deus.
  • Valoriza e recupera em sua prática a ênfase na ação e na doutrina do Espírito Santo como poder vital para a Igreja.
  • Reconhece a necessidade de se viver o Evangelho comunitariamente. John Wesley afirmou que "tornar o Evangelho em religião solitária é, na verdade, destruí-lo".
  • Preocupa-se com o ser humano total. Não é só com o bem-estar espiritual, mas também com o bem-estar físico, emocional, material. Por isso devemos cuidar do nosso próximo integralmente, principalmente dos necessitados e marginalizados sociais.
  • Podemos afirmar que o bem-estar espiritual é o resultado da paz de Cristo que alcança todas as áreas da vida do cristão. É o resultado do bem-estar físico, emocional, econômico, familiar, comunitário. Tudo está nas mãos de Deus, nEle confiamos e Ele é fiel em cuidar de nós. Sua salvação alcança-nos integralmente.
  • Enfatiza a paixão pela evangelização. Desejamos e devemos trabalhar com paixão, perseverança e alegria para que o amor e a misericórdia de Deus alcancem homens e mulheres em todos os lugares e épocas.
  • Aceita as doutrinas fundamentais da fé cristã, conforme enunciadas no Credo Apostólico (Cremos na Bíblia, em Deus, em Jesus Cristo, no Espírito Santo, no ser humano, no perdão dos pecados, na vitória por meio da vida disciplinada, na centralização do amor, na segurança e na perfeição cristã, na Igreja, no Reino de Deus, na vida eterna, na segunda vinda de Jesus, na graça de Deus para todos, na possibilidade da queda da graça divina, na oração intercessória, nas missões mundiais. Cremos profundamente no AMOR. Amor de Deus em nossa vida, amor dos irmãos.) , enfatizando o equilíbrio entre os atos de piedade (atos devocionais) e os atos de misericórdia (a prática de amor ao próximo)

LEGADO
Além de milhares de convertidos e encaminhados para a santificação cristã, houve também obras sociais dignas de destaque, como estas: Dinheiro aos pobres (Wesley distribuía). Compêndio de medicina (Wesley escreveu e foi largamente difundido). Apoio na reforma educacional. Apoio na reforma das prisões. Apoio na abolição da escravatura! Atualmente, o total de membros da comunidade metodista no mundo está estimado em cerca de 75 milhões de pessoas. O maior grupo concentra-se nos Estados Unidos: a Igreja Metodista Unida neste país é a segunda maior denominação protestante.
Hoje, além dos seguidores do Metodismo, a vida de muitos é influenciada pela missão de Wesley. Movimentos posteriores como o Movimento de Santidade e o Pentecostalismo devem muito a ele. A insistência wesleyana da busca da santificação pessoal e social contribuem significativamente para a ideologia da busca de uma vida e mundo melhor. A Igreja Católica Romana recebeu indiretamente alguns conceitos de Wesley quando o cardeal John Henry Newman uniu-se a ela, vindo da Igreja Anglicana e concretizando em reformas litúrgicas, sociais, carismática e teológica desde o concílio Vaticano II.
Faleceu a 2 de março de 1791, em Londres, Inglaterra. Encontra-se sepultado em Wesleys ChapelGrande LondresLondresInglaterra



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Jonathan Edwards (1703 – 1758)


Alguém que alcançou grandeza como um pregador-evangelista americano, diretor de uma faculdade, místico e reavivalista.
Jonathan Edwards não é apenas o maior de todos os teólogos e filósofos americanos, mas também o maior de nossos escritores do período que antecede o século XIX. Dessa maneira escreve Randall Stewart em seu livro: “Literatura Americana e Doutrina Cristã”.
 Aqui está um conciso resumo da vida de Edwards, originado da hábil pena de Perry Miller:
“Jonathan Edwards foi um dos cinco ou seis maiores artistas da América que, afortunadamente, se decidiu por trabalhar com ideias ao invés de poemas e novelas. Ele teve muito mais de psicólogo e homem sensível do que de um lógico. Ainda que ele tenha devotado seu gênio a tópicos derivados do corpo teológico (a vontade, virtude e o pecado), ele traçou-os da melhor maneira que um expectador poderia fazer…”
Para nós, ver Jonathan Edwards ascender ao seu púlpito hoje, com uma vela em uma mão e seu sermão manuscrito em outra, causaria deboche na congregação. A partir de nossos modernos assentos acolchoados da igreja, com galerias acarpetadas e tranquilizante música de fundo, nós dificilmente capturaríamos a antiga dignidade da igreja despretensiosa onde Edwards e outros mantiveram cativos os corações e mentes dos seus ouvintes.
Quando Jonathan Edwards “pronunciava-se” pelo Espírito, a face sem expressão, a voz melodiosa e as vestes solenes eram esquecidas. Ele não era nem simplório nem preguiçoso. Ele era um “coração” devotado à intenção de partilhar a palavra da verdade. Mas, ao fazer isso, Edwards ardia em fogo. E mesmo assim – para ele – o sensacionalismo era um anátema. Gerar sensação nunca foi o pensamento por trás de nenhuma de suas pregações. Erudição em chamas por Deus é, em minha mente, a oitava maravilha do mundo. E Edwards possuía isso!
A língua de Edwards deveria ser parecida com uma afiada espada de dois gumes para seus atentos ouvintes. Suas palavras deveriam ser tão dolorosas para os corações e consciências quanto o metal incandescente é para a carne. Não obstante, homens deram atenção, arrependeram-se e foram salvos.
“Conhecendo o terror do Senhor” (algo aparentemente esquecido em nossos dias, tanto no púlpito quanto nos bancos da igreja) Edwards inflamava com ira santa. Indiferente quanto às consequências de tamanha severidade na pregação, ele trovejava tais palavras de seu púlpito:
“O arco da ira de Deus está retesado e suas flechas preparadas sobre a corda. A justiça divina aponta a flecha para seu coração e estica o arco. Não há nada senão o bel-prazer de Deus – e isso tudo de um Deus irado, que não tem nenhuma promessa ou obrigação para com o pecador – que mantém por um momento a flecha de ser embebida com seu sangue”.
Proferir verdades como essa, com lágrimas e ternura, requer um homem ungido, porém destemido e cheio de compaixão.
Mas, nos corações e mentes dos ouvintes deve haver também um pouco de graça prévia em operação. Aparte disso, os homens deveriam rebelar-se contra essa áspera varredura de poder sobre suas almas. Entretanto, antes do furacão espiritual de Edwards, a multidão entrou em colapso. Alguns caíram ao chão como se fossem troncos cortados por machado. Outros, com as cabeças curvadas, agarraram-se nas colunas do templo como se estivessem com medo de caírem nas mais baixas profundezas do inferno.
Edwards chorava enquanto pregava. Nisso ele era um parente espiritual do poderoso Brownlow North (pregador inglês), do avivamento que ocorreu anos depois na Irlanda, em 1859. A lei divina do Salmo 146.6 nunca foi e nunca poderá ser ab-rogada: “Aquele que leva a preciosa semente, andando e chorando, voltará, sem dúvida, com alegria, trazendo consigo os seus molhos”.
Como pastor de uma das maiores, mais próspera e socialmente comprometida igreja da Nova Inglaterra, Edwards possuía uma rara percepção das necessidades do seu rebanho. Ele ainda mantinha um coração com grande ternura pela sua saúde espiritual.
Vamos até os bosques onde Edwards está sozinho com seu Deus. Vamos engatinhar até atrás de uma árvore retorcida e escutar sua oração quebrantada:
“Eu sinto uma ardência na alma para ser… esvaziado e aniquilado, para permanecer no pó e ser cheio apenas Cristo apenas, a fim de amá-Lo com um santo e puro amor, de confiar Nele, de viver Nele e de ser perfeitamente santificado e feito puro com uma divina e celestial pureza”.
Edwards também era “aparentado espiritualmente” com George Whitefield, seu contemporâneo.  Foi o poderoso americano, Jonathan Edwards, entusiasmado pelo apóstolo inglês, Whitefield? Porventura os trovões da vibrante alma de Whitefield – que naquela época tempestearam a Nova Inglaterra – causaram um distúrbio e um desafio na normalidade da vida de pregação de Edwards? Essa não é uma questão retórica. Ela não pode ser respondida completamente, mas contém mais que uma especulação. Nós realmente sabemos que após encontrar o jovem George Whitefield, Jonathan Edwards mudou seu estilo de pregação.
Aprouve ao Senhor colocar Edwards de lado em um pequeno pastorado em Stockbrigde, Massachusetts. Esse banimento veio devido a uma diferença que Edwards teve com um certo senhor Stoddard, que administrou a Ceia do Senhor para alguns que não haviam feito pública profissão de sua fé em Jesus Cristo como seu salvador pessoal. Porém, nessa exclusão, a mente brilhante de Edwards tomou asas. Seu pensamento longamente incubado veio à luz. Assim, ele poderia dizer ao senhor Stoddard o que José disse para seus irmãos: “Vós bem intentastes mal contra mim; porém Deus o intentou para bem”. Da sua pena – naquela época – fluiu o melhor de seus escritos. Edwards dormiu, mas sua mensagem ainda fala.
Quando a voz de Milton (John Milton, escritor inglês) há muito havia sido silenciada pela morte, Wordsworth (William Wordsworth) clamou:
“Milton, tu deverias ter
Vivido nessa hora:
A Inglaterra precisa de ti;
Ela é um pântano de águas estagnadas”.
Nós poderíamos parafrasear aquelas palavras desta maneira:
“Edwards, tu deverias ter
Vivido nessa hora:
A América precisa de ti
Ela é um pântano (espiritualmente falando)
De águas estagnadas”.
Uma fina casca – mui fina casca de moralidade – pelo que parece a mim, retém a América de um completo colapso. Nessa perigosa hora nós precisamos de uma geração inteira de pregadores como Edwards.
“Óh Senhor dos Exércitos, traze-nos de volta; faça sua face brilhar sobre nós, assim seremos salvos”!
Contraste esse grande homem de Deus com um de seus contemporâneos. Cito abaixo algumas palavras do livro “Crise na Moralidade”, de Al Sanders:
“Max Jukes, o ateu, viveu uma vida sem Deus. Ele se casou com uma garota descrente e, dessa união, houveram 310 descentes que morreram como indigentes, 150 foram criminosos, 7 foram assassinos, 100 foram beberrões e mais da metade das mulheres foram prostitutas. Seus descendentes custaram ao Estado 1,25 milhões de dólares.
Porém, louvado seja o Senhor que trabalha das duas maneiras. Há um registro de um grande americano – homem de Deus – Jonathan Edwards. Ele viveu na mesma época de Max Jukes, mas ele se casou com uma mulher de Deus. Uma investigação foi feita em seus 1.394 descendentes conhecidos, dos quais 13 se tornaram presidentes de faculdade, 65 professores universitários, 3 senadores dos EUA, 30 juízes de direito, 100 advogados, 60 cirurgiões, 75 oficiais do exército e da marinha, 100 pregadores e missionários, 60 autores de proeminência em suas áreas, 1 vice-presidente dos EUA, 80 que se tornaram qualificados como oficiais do governo, 295 graduados em universidades, entre os quais houveram governadores de Estados e diplomatas para nações estrangeiras. Seus descendentes jamais custaram um centavo para o Estado. “A memória dos justos é abençoada” (Provérbios 10.7)”.
Para nós, isso é a conclusão de tudo que importa!
Para baixar este texto, clique aqui.
Traduzida da versão da Bethany House Publishers. Este artigo de Leonard Ravenhill foi veiculado no DAYSPRING, com direito autoral da Bethany House Publishers, 1963, um ministério da Bethany Fellowship, Inc. Todos os direitos reservados. Biografia protegida por direitos autorais.
www.aliancadocalvario.com
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Me Ajudem, Estou Fraco!



Os quais pela fé venceram reinos, praticaram a justiça, alcançaram promessas, fecharam as bocas dos leões,Apagaram a força do fogo, escaparam do fio da espada, da fraqueza 
Hebreus 11:33-34 

E disse ela: Os filisteus vêm sobre ti, Sansão. E despertou ele do seu sono, e disse: Sairei ainda esta vez como dantes, e me sacudirei. Porque ele não sabia que já o SENHOR se tinha retirado dele.Então os filisteus pegaram nele, e arrancaram-lhe os olhos, e fizeram-no descer a Gaza, e amarraram-no com duas cadeias de bronze, e girava ele um moinho no cárcere. 

Juízes 16:20-21 

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