sexta-feira, 19 de setembro de 2014

Resolução da ONU diz que ebola é 'ameaça à segurança mundial'

Mais de 2,6 mil pessoas já morreram por causa do vírus

Somente nos últimos sete dias, de acordo com a OMS, foram registrados mais 700 novos casos no oeste da ÁfricaReprodução/ DailyMail

O Conselho de Segurança da ONU adotou nesta quinta-feira por unanimidade uma resolução declarando o ebola uma ameaça à paz e a segurança internacionais.
A resolução pede que todos os países do mundo forneçam assistência urgente aos países afetados pela epidemia, todos no oeste da África.
Ela também pede que todas as restrições impostas às viagens a esses países sejam levantadas, alegando que tais restrições estão prejudicando os esforços para combater a doença.
Até agora, segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), mais de 2,6 mil pessoas já morreram por causa do vírus. Os países mais atingidos pela epidemia foram Libéria, Serra Leoa, Guiné, Nigéria e Senegal.

'Inédito'

O Conselho de Segurança da ONU se encontrou em uma reunião convocada de última hora para discutir a questão.
Nela, o secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, disse que a epidemia do ebola precisa da "atenção mundial de todos" e de uma ação conjunta "inédita".
Segundo a ONU, o número de pessoas infectadas com o ebola dobra a cada três semanas.
Somente nos últimos sete dias, de acordo com a OMS, foram registrados mais 700 novos casos no oeste da África.
Em Serra Leoa, haverá uma paralisação nacional de todos os serviços por três dias em uma tentativa de conter a disseminação do vírus do ebola. As autoridades orientaram as pessoas a ficarem em casas de meia-noite de hoje até o dia 21 de Setembro.
O governo disse que são necessárias medidas extremas para conter o surto. Voluntários estão indo de porta em porta para fazer o teste do vírus nas pessoas e para levar os infectados aos centros de tratamento.
Já para a ONG Médicos Sem Fronteiras, uma medida como essa ― de ‘parar’ a cidade e proibir as pessoas de saírem ― é uma ação abusiva que pode levar à ocultação de mais casos do ebola.
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Serra Leoa confina 6 milhões de pessoas em casa para conter ebola

Um toque de recolher de três dias foi iniciado em Serra Leoa para permitir que agentes de saúde encontrem e isolem novos casos de ebola, doença que já causou 2.600 mortes na África Ocidental.
O objetivo é manter as pessoas confinadas em casa durante a operação e prevenir que a doença se espalhe ainda mais. Críticos, no entanto, dizem que a medida diminuirá ainda mais a confiança entre público e autoridades médicas.
Seis milhões de cidadãos não poderão sair às ruas até domingo. Cerca de 30 mil voluntários farão uma busca de porta em porta para encontrar pacientes e vítimas.
Autoridades disseram que as equipes não entrarão nas casas, mas chamarão serviços de emergência para lidar com pacientes e corpos.
Equipes distribuirão sabonetes e informações para prevenir novos contágios.
Serra Leoa é um dos países mais atingidos pelo surto do ebola na África Ocidental, com mais de 550 mortos. Dos 14 distritos do país, 13 registraram casos da doença.
Nas horas que antecederam o toque de recolher, as ruas da capital, Freetown, ficaram congestionadas. Pessoas estocaram óleo de cozinha, arroz e outros mantimentos.
Segundo a correspondente da BBC Umaru Fofana, nem mesmo a forte chuva na cidade conteve as milhares de pessoas que lotaram mercados. Uma atendente disse que prateleiras tiveram que ser repostas cinco vezes em apenas dois dias.
A agência MSF (Médicos Sem Fronteiras) criticou a medida, dizendo que, no final, ela ajuda a espalhar a doença, e não a contê-la, já que oculta potenciais casos da doença.
Autoridades, no entanto, dizem que o toque de recolher reduz a disseminação da doença, e que milhares de oficiais serão deslocados para garantir que moradores cumpram as restrições.
A porta-voz do Ministério da Saúde, Sidie Yahya Tunis, disse à BBC neste mês esperar o cumprimento do toque de recolher. "Ou você cumpre ou você está descumprindo a lei. Se você desobedecer, você está desobedecendo ao presidente", disse.
Na vizinha Guiné, foram encontrados os corpos de nove agentes médicos e jornalistas desaparecidos e que participavam de uma campanha para conter o ebola.
Um porta-voz do governo disse que alguns dos corpos foram encontrados em uma fossa no vilarejo de Wome. A equipe foi atacada por moradores na terça-feira.
Correspondentes dizem que muitos moradores desconfiam dos esforços oficiais para combater a doença e o incidente mostra as dificuldades que equipes médicas enfrentam.
O Conselho de Segurança da ONU declarou o surto do ebola uma "ameaça à paz e segurança internacional" e adotou por unanimidade uma resolução pedindo por mais recursos para combater a epidemia.
Integrantes do Conselho foram informados que a resposta internacional tem que ser 20 vezes maior do que atualmente e que o número de casos está dobrando a cada duas semanas na África Ocidental.
A resolução também pediu que restrições a viagens sejam canceladas, dizendo que os países afetados necessitam ter acesso à ajuda ao invés de serem isolados.
Em uma apresentação em vídeo, um médico que estava na Libéria alertou que se a comunidade internacional não aumentar seus esforços, "nós seremos eliminados".
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Após confirmação de dois casos, Amapá anuncia medidas para combater chicungunya

Pacientes são uma professora de 31 anos e seu pai, de 57 anos
Desde janeiro, foram registrados 39 casos de chicungunya no Brasil


O governo do Amapá anunciou nesta quinta-feira (18) uma série de medidas para intensificar o combate ao vírus chicungunya após a confirmação dos dois primeiros casos autóctones da doença no Brasil. O diagnóstico foi confirmado por laboratório na terça-feira (16). Os pacientes são uma professora de 31 anos e seu pai, de 57 anos. Os dois apresentaram os primeiros sintomas da doença em 26 e 27 de agosto passado em Oiapoque, município do Amapá na fronteira entre o Brasil e a Guiana Francesa.
As medidas anunciadas buscam impedir que a transmissão do vírus a partir de casos autóctones e não importados possa avançar para uma situação epidêmica na região Norte e chegue a outras regiões do País.
Entre as ações anunciadas pela Secretaria de Saúde do Amapá se destaca a emissão de um alerta entre as unidades e postos de saúde do estado para que intensifiquem a busca de novos casos suspeitos.

Brasil tem 1º caso de transmissão da febre chikungunya

A Coordenação de Vigilância em Saúde da secretaria anunciou um aumento do número de fumigações de inseticida em áreas de possível proliferação do Aedes aegypti, o mosquito que transmite tanto o vírus do dengue como do chicungunya.

O secretário de Saúde do Amapá, Jardel Nunes, viajou para o Oiapoque para coordenar as ações de combate ao vírus e avaliar os resultados do plano de contingência que já tinha sido implantado e que foi reforçado com equipamentos médicos enviados de Macapá.

Caribe já registra 113 mortes relacionadas ao vírus chikungunya, diz OPS

De acordo com a Secretaria regional de Saúde, além dos dois casos já confirmados, outros 21 pacientes suspeitos estão sob observação pois têm os sintomas da doença, 11 deles em Oiapoque e os outros 10 em Macapá. Nunes admitiu o temor de um surto da doença em Oiapoque por sua proximidade à Guiana Francesa, onde já há registros de mortes por chicungunya, por isso também foi anunciada a instalação de uma barreira sanitária na fronteira.
Outro temor é de que o vírus possa ser transportado por portadores a outros municípios do Amapá, enfatiza o secretario. 
— Neste período eleitoral há um trânsito intenso de pessoas entre os municípios do extremo norte do estado e do interior. Essa é nossa maior preocupação já que o vírus pode ter se propagado rumo a outras áreas.
Desde janeiro, quando as autoridades anunciaram um plano de contingência diante da aparição de casos autóctones da doença em vários países das Américas, foram registrados 39 casos de chicungunya no Brasil, 37 em pacientes que importaram a doença após viajar para nações com transmissão do vírus. Os dois primeiros casos de pacientes que contraíram a doença sem ter saído do país foram os de Oiapoque. 
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