quarta-feira, 24 de outubro de 2012

A Tortura na História: a Antiguidade

Nos tempos em que a dita era dura por aqui, uma das suas principais características foi a tortura. Tanto que, tão logo ela se foi, um livro foi lançado e que fez enorme sucesso de vendas. Trata-se do livro “Brasil: nunca mais!”, no qual centenas de pessoas relatavam os pavorosos processos pelos quais passaram e as consequentes formas de tortura que enfrentaram. Há relatos que são realmente medonhos como o uso de escovas de dentes novas cuja parte em que ficam as cerdas eram introduzidas no ânus do torturado e girada. Impossível de imaginar, não?
persas_tortura

Porém, no transcurso da história foram desenvolvidas variadas formas de torturar alguém ou um grupo de pessoas, até a moderníssimo assédio moral, que não deixa de ser uma forma de tortura praticada a céu aberto e em qualquer lugar. Seria a famosa tortura psicológica que vai minando a autoestima e a capacidade de socialização de alguém, seja no ambiente de trabalho ou na própria residência.

Todos nós também conhecemos de ouvir falar sobre os famosos palitinhos de bambu sob as unhas e as gotas que pingam de um balde durante horas ou dias na testa de alguém. Isso pode levar à loucura, mas o que não sabemos é como essas formas e outras mais surgiram e eram aplicadas. O historiador alemão e professor de história antiga, Martin Zimmerman, acabou de lançar o livro “Extreme Formen von Gewalt in Bild und Text des Altertums” (Algo como Formas Extremas de Violência em Textos e Imagens da Antiguidade), que segundo suas palavras inspiram “asco, pavor, horror e repugnância”.
O autor do artigo que está no Spiegel Online, Matthias Schulz, recorre a Suetônio e “Os 12 Césares”, para iniciar o artigo citando algumas das formas prediletas de tortura exercidas por vários imperadores romanos como Tibério, que antes de fazer o torturado tomar litros de vinho, amarrava o pênis do condenado com um garrote. Logo, este não poderia urinar e acabava morrendo após o rompimento da bexiga.
No antigo oriente, para que os governantes de vastos impérios mantivessem a população, composta por várias etnias, obedientes, insuflavam o medo através de torturas e execuções agonizantes.
Babilônios e assirios 


Os babilônios eram usuários de práticas como corte dos lábios, nariz e pés, cegueira, estripação e a requintada técnica de “gotejamento” do coração que, depois, era extirpado. Os Assírios eram mestres em cortar seus inimigos em picadinhos ou passar o fio da espada na barriga dos mesmos, “como se fossem carneiros”, dizia Assurbanípal  rei assírio entre 668-627 a.C.
Essas seriam algumas das formas em que o rei afirmava a essência de seu poder, isto é, poder de vida e morte sobre seus súditos. Bastava uma mudança de humor, por exemplo, para que alguém fosse esfolado vivo, como adoravam fazer quando algum governador provincial não acatava as ordens ou falhava em alguma determinação expressa do rei.
O esfolamento consistia em pendurar a vítima numa espécie de cabide de madeira, pelas costas, e sua pele ir dilacerando com a ajuda da Lei da Gravidade. Além disso, havia também a introdução de estacas no ânus da vítima, quando o carrasco martelava as mesmas no local previamente lubrificado, empurrando os órgãos internos do infeliz um de encontro ao outro. A vítima agonizava durante dias.
Gregos e Romanos
Os helenos também não ficavam atrás mesmo sendo a Grécia o berço da democracia. Segundo o autor, na Ilíada há 318 duelos sangrentos nos quais dentes voam, olhos são vazados e cérebros escorrem de crânios. Periandro de Corinto matou a esposa grávida ao aplicar-lhe um vigoroso pontapé no ventre. Falaris ou Phalaris (Século VI a.C.), tirano de Acragas, hoje Agrigento, na Sicília, adorava assar vivos os seus desafetos num molde em forma de touro, no qual a vítima era introduzida.
Os romanos, que através de uma de suas formas de tortura criaram o maior símbolo religioso de todos os tempos, a cruz, eram useiros e vezeiros dessa prática; além, é claro da execução ad bestias, isto é, fazer das vítimas o almoço e jantar de feras como leões e demais felinos esfomeados. Lembrei, agora, de uma passagem também de “Os 12 Césares”, em que Suetônio relata uma das formas pelas quais outros animais participavam de execuções como essas no Coliseum. As infelizes vítimas eram colocadas em moldes que lembravam uma vaca e um touro era utilizado para “cobrir” a suposta fêmea. Não é preciso informar qual era o resultado dessa forma de execução.
Os Persas

Os persas tinham uma expressão “Jogar às cinzas”, que consistia em colocar a vítima num aposento sem ventilação, tendo o solo desta sala coberto por uma espessa camada de cinzas. Em poucos dias, a pessoa morria lentamente asfixiada tendo seus pulmões enrijecidos pelas cinzas que se depositavam em seu interior. Algo bem parecido com a silicose, doença que acomete os trabalhadores das minas de carvão, por exemplo.
Outra forma elaborada de tortura era conhecida como A banheira, quando uma espécie de banheira era tampada, tendo apenas um orifício por onde passava a cabeça da vítima. Seu rosto era lambuzado de mel e leite para que as moscas pousassem sobre ele, praticamente invadindo suas narinas e pálpebras. Além disso, a vítima era regularmente alimentada até que a água da banheira ficasse repleta com suas próprias fezes. Larvas das moscas e vermes se encarregavam de dar fim ao torturado.
O autor chegou a conclusão que “A violência física é universal em todas as culturas”, e finaliza informando que não vê qualquer perspectiva de mudança, pelo menos até os dias atuais.


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ASSÍRIOS - CRUÉIS E SOBERBOS

CIVILIZAÇÃO ASSÍRIA

Cruéis e Soberbos Assírios

Por que os rios dão fertilidade à terra e peixe ao homem, porque suas águas levam as canoas e atraem os pássaros, todos querem permanecer em suas margens. Entre o Tigre e o Eufrates, no chamado Crescente Fértil, a Mesopotâmia estendia-se do Noroeste do golfo Pérsico ao Egito atual. Porque o solo era bom, por que o mais ao redor era deserto, várias nações ali se concentravam. Sem espaço o suficiente para expandir-se: Entre o Tigre e o Eufrates, a guerra foi tão constante como os rios, e os impérios tinham curta duração.
Os acádios sucederam os sumerianos, primeiro povo a se estabelecer na região, por volta de 3.000 a.C. Foram seguidos pelos guti, ferozes guerreiros vindos do Norte. Após os guti vieram os elamitas, por sua vez seguidos pelos amoritas da orla do deserto, chamados "antigos babilônios". Depois os acádios novamente, em seguida os amoritas. E ao império subseqüente, o dos cassitas, foi anexada a Assíria, pequeno reino no planalto de Assur, a 800 km da nascente do Tigre, no norte da Mesopotâmia.

CIVILIZAÇÃO ASSÍRIA
CIVILIZAÇÃO ASSÍRIA
O povo assírio havia assimilado e preservado toda a cultura até então acumulada, mas os cassitas, muito primitivos, agora estavam pondo tudo a perder. Por volta de 1.300 a.C. os assírios começaram a recuperar terreno, expandem-se impetuosamente, e no século X a.C. tomam aos cassitas o que ainda lhes restava no vale do Tigre e Eufrates. E então a Síria, a Fenícia e a Palestina (exceto o reino de Judá) e o Egito - quase todo o mundo civilizado da época - passaram às mãos do pequeno reino do Norte, que assim evoluiu para um império. Ele se agigantou, é certo. Mas desequilibradamente  Sem um sistema administrativo integrado. Sem unidade, a não ser pela força. Submetidas a repressão feroz, as nações subjugadas se rebelaram tão logo o despótico governo sediado em Nínive deu os primeiros sinais de fraqueza.
Foi um rápido declínio, depois do apogeu alcançado nos séculos VIII e VII a.C., em que reinaram Sargão II (772 - 705), Senaqueribe (705 - 681) e Assurbanípal (668 - 626). O golpe fatal coube aos caldeus, nação semita no sudeste da Mesopotâmia, que integrava o império assírio. Liderados por Nabopalassar, que servira os imperadores como governador provincial, os caldeus organizam uma revolta que culmina com a queda de Nínive, em 612 a.C.
"Em um mês de dias, dominei o Elam em toda sua extensão. A voz dos homens, os passos do gado, grande e pequeno, os gritos de alegria, extirpei-os dos campos, onde deixei que se estabelecessem os onagros, as gazelas e toda espécie de animais selvagens". Assurbanípal assim descrevia o massacre dos elamitas. E com certo orgulho. As condições de vida fizeram dos assírios uma nação de guerreiros. Seja pela necessidade de aumentar o pequeno território, seja pelo perigo constante de um ataque dos vizinhos hostis. E as exigências de guerra - tida por ocupação honrosa - marcaram roda a civilização assíria, desde a organização político social até sua arte.
Mais honrosa só a ocupação do rei. O senhor absoluto e onipotente, mas não onipresente precisava ser representado nas províncias do império em formação. Escolhia, pois, governadores para as regiões, ligadas por um sistema de comunicações que foi o primeiro serviço postal do mundo. Uma rede de mensageiros cada qual em um ponto-chave das principais rotas, levava deliberações e notícias do rei para os sessenta cantos do império.
CIVILIZAÇÃO ASSÍRIA

A arte profana

CIVILIZAÇÃO ASSÍRIA

"Tabiru" é o nome de um portão, entre trezentos outros que se abriam ou fechavam nas muralhas da cidade de Assur. A muralha de Nínive tinha 4 km de extensão, e Dur-Sharrukin, cidade-palácio de Sargão II, 3 km² de edifícios. Monumental a arquitetura assíria, toda baseada em um só esquema: pátios centrais rodeados de aposentos. O aspecto dos edifícios era maciço, por terem um único andar, sem janelas laterais penetrando a luz por aberturas no teto, verdadeiros terraços. As paredes de tijolo de argila - por que as pedras escasseavam - eram decoradas interna e externamente com inscrições e esculturas. Principalmente baixos-relevos. A nota dominante da escultura assíria é o movimento. O manancial de inspiração não inclui os deuses, só os homens: seus reis, suas guerras, suas caças. Assurbanípal é freqüentemente representado caçando leões. Sua figura de soberano destaca-se das demais pelo porte, estatura e traços nobres. Em sua época a arte assíria atinge seu apogeu. Na escultura, a quantidade de músculos raia o sobrenatural, num estilo só repetido em Michelangelo. A imagem em seu todo é contida, rígida, o rosto imóvel. Se expressa algum estado, é o de tranqüilidade. Dos rostos vencidos não transparece nem submissão nem terror, a posição dos corpos por vezes sugere esses sentimentos. Na pintura mural, a mesma motivação se repete. Entre artes menores, teve grande importância a gravação de sinetes para assinatura de documentos.

Deuses de formas humanas

Ao norte da cidade de Assur, Senaqueribe mandou construir um jardim, nele ergueu um edifício, destinado às celebrações do ano novo. Supunha-se que nessa ocasião os deuses assírios rejubilavam pela vitória de Assur sobre o demônio Tiamat. A religião dos assírios em muitos pontos comum à dos babilônios e sumerianos era antropomórfica: Todas as divindades tinham formas humanas e não de animais. Dentre eles, Sin (Lua), Chamah (Sol), Nabu (Eufrates), Nibid (Sol levante), Nergal (Sol meio-dia), Adad (Tormenta), Enlil (Terra), Ea (Água). Mas Assur era o Deus superior. Essa disposição hierárquica foi o primeiro passo para o monoteísmo, Inspirou os hebreus na conceituação de Deus Universal.

O Comércio Proibido

Não sendo rei nem militar, assírio algum teria ocupação. O comércio lhes era proibido, por ser considerado ignóbil. Os estrangeiros eram quem exerciam esse tipo de atividade, ou os arameus, povo subjugado pelos assírios, de características próximas à dos fenícios e dos hebreus. A agricultura era praticada pelos escravos, dela provinha o sustento dos assírios. As terras pertenciam aos reis, aos templos ou aos militares, donde se conclui que a população rural era extremamente pobre. Também na cidade, todos os serviços eram realizados por escravos, domésticos ou prisioneiros de guerra. A estes cabia o trabalho mais pesado.

A mulher sem direito


CIVILIZAÇÃO ASSÍRIA



A pena de talião - olho por olho, dente por dente - que constava do código de Hamurabi, rei dos babilônios e o primeiro a coligir as leis, não foi adotada pelos assírios. Não há provas de que outras leis do código tivessem prevalecido entre eles. Mas a influência que exerceu sobre o direito assírio foi enorme. Algumas leis assírias determinavam a inteira sujeição da mulher; a esposa era tida como objeto de uso do marido. Só ele tinha direito ao divórcio e a poligamia. Enfim, a mulher era totalmente denegrida, e ai daquela que não cobrisse o rosto com véus. Os documentos da Cultura "Ó pai dos deuses, supremo ser que habita a Grande Montanha dos Campos, lembra-te da cidade, do povo e do palácio real. Dá a grande paz à minha alma e aos meus exércitos". O tratamento é na primeira pessoa. O tom solene dirigido a Assur. A escrita é cuneiforme, gravada em tabuletas de mármore: trata-se de uma carta de Zargão II a Assur, uma espécie de relatório de seus feitos ao deus vivo. Vinte e duas mil tabuletas semelhantes, em mármore e barro, eram colecionadas na Biblioteca em Nínive, talvez a primeira do mundo. Nem sempre eram cartas. Também coligiam todos os conhecimentos dos povos do império assírio. Algumas continham fórmulas mágicas, contratos comerciais, crônicas militares.

A História reconstituída


CIVILIZAÇÃO ASSÍRIA


Esses documentos foram de grande valia para a reconstituição da história dos assírios e dos demais povos da Mesopotâmia. Através deles soube-se que os assírios dividiram o círculo em 360 graus; que localizaram pontos da Terra através de um sistema parecido com as atuais coordenadas geográficas. Os assírios estudaram o céu, reconheceram e denominaram cinco planetas. Na medicina catalogaram mais de 500 drogas, com as indicações para seu uso. Algumas eram potagens repugnantes destinadas a expulsar demônios do corpo do doente, pois acreditava-se que eles trouxessem as doenças.
Fonte: http://geocities.yahoo.com.br




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ASSÍRIA

Lápide mostra a utilização de cavalos nas conquistas assírias.

Reino da Ásia antiga, ao norte da Mesopotâmia. Os assírios organizaram um Estado militarizado e tornaram-se grandes conquistadores. No séc. IX a.C. constituiu-se o Império Assírio, que alcançou o apogeu nos séc. VIII e VII a.C.
A Assíria era uma área montanhosa e fértil, cortada pelo rio Tigre e seus afluentes. A maior parte do território era dividida em grandes estados, controlados por proprietários de terras.
O Povo era formado por várias raças que se estabeleceram naquela região desde o quarto milênio antes da Era Cristã.
Viviam em cidades, como Assur, Nínive e Nimrud. Parte da população era formada por agricultores e grupos seminômades. Os agricultores viviam em pequenas aldeias. A maioria dos habitantes da cidade era formada por artífices ou negociantes. Os artífices fabricavam cerâmica e objetos de ouro, prata, bronze, marfim e madeira. As cidades eram protegidas por altas muralhas ocupadas por arqueiros. Os assírios usavam a escrita cuneiforme e construíram imensas bibliotecas para guardar obras sobre medicina, religião e história, entre outros temas. Também escreveram textos jurídicos. O Código Assírio, escrito em cerca de 1400 a.C., continha exemplos de casos e seus respectivos julgamentos. Essa lei era ainda mais rigorosa que o Código de Hamurabi, da Babilônia.
Grandes guerreiros, contavam com armas de ferro fundido, carros e cavalos de guerra. Ficaram conhecidos pela crueldade com que tratavam os prisioneiros, escravizavam e muitas vezes mutilavam para que servissem de exemplo para outros derrotados.

Detalhe de relevo assírio que mostra prisioneiros de guerra sendo transportados como escravos.


Religião.

Os assírios acreditavam que vários deuses governavam o destino humano e controlavam o céu, a terra, a água, as tempestades e o fogo. Eles acreditavam em bons e maus espíritos e na magia. O principal deus da Assíria era Assur, mesma denominação da capital. O rei assírio era considerado um representante de Assur na Terra. Entre os vários deuses cultuados estavam Nabu, o deus da sabedoria e patrono dos escribas; Ninurta, deus da guerra; e Ishtar, a deusa do amor.


Arte.
A mais importante marca da arte assíria pode ser notada nos relevos que decoram grandes obras arquitetônicas. Entre 900 e 600 a.C., os muros dos palácios passaram a exibir baixos-relevos em pedra, mostrando cerimônias religiosas ou vitórias militares. Entre suas esculturas, destacam-se as impressionantes estátuas de touros e leões com cabeças humanas que guardavam os palácios.

Governo.

O rei era o chefe supremo do Império Assírio e o sacerdote principal do deus Assur. Conduzia pessoalmente o exército nas campanhas militares. O filho mais velho e herdeiro do rei era o encarregado dos negócios administrativos.


História.

Documentos anteriores a 2000 a.C. revelam que um governador da cidade de Ur, situada no sudeste do atual Iraque, governava em Assur. Documentos posteriores provenientes da Ásia Menor indicam que os assírios negociavam intensamente com os hititas, na Anatólia (atual Turquia).
Em 1813 a.C., Shamshi-Adad, chefe dos amoritas, se fez senhor da Assíria, estendendo as fronteiras do país e aumentando seu poderio. Depois do reinado de Shamshi-Adad, a Assíria ficou sob o domínio da Babilônia.
Faltam registros sobre os séculos seguintes. Os historiadores acreditam que a Assíria foi governada durante parte desse período pelo Mitani, um reino situado no norte da Síria, mas se tornou novamente independente em meados do séc. XIV a.C.
A Assíria desfrutou de breves períodos de expansão nos séc. XIII e XII a.C., antes de começar a formar o império no séc. IX a.C. Salmanasar III (858-824 a.C.) assumiu o controle das rotas comerciais do Mediterrâneo. Teglatefalasar III (744-727 a.C.) conquistou a Síria e Israel e se tornou rei da Babilônia. Com Sargão II (722-705 a.C.), o Império atingiu o apogeu. Assaradão (680-669 a.C.) anexou o Egito. A Assíria declinou rapidamente depois de meados do séc. VII a.C. e acabou sucumbindo aos ataques dos medos e dos babilônios em 614 e 612 a.C.



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segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Leão - Documentário Completo - Território Selvagem - BBC

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sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Leões

O leão é um felino do gênero Panthera, e um membro da família Felidae. Podendo ter até mais de 250 kg em peso, ele é o segundo maior felino vivente (o maior é o tigre). 
Leões selvagens existem atualmente em maior quantidade, na África.

Os leões vivem aproximadamente entre 10 e 14 anos na natureza, mas em cativeiro podem chegar a ter mais de 20 anos.
É chamado de Rei dos Animais por estar no topo da cadeia alimentar no ambiente em que vive.
Os leões passam de 16 a 20 horas por dia descansando.



família de leões

Leão branco
leão branco

O sonolento leão da foto ao lado é uma exceção genética de leões brancos, que apresentam dificuldades de sobrevivência por se destacarem nas savanas ou selvas, e por isso tem grandes dificuldades na caça. Só existem na reserva de Timbavati.
O leão branco constitui uma rara mutação de cor do leão-sul-africano (Panthera leo krugeri), devida a uma particularidade genética chamada leucismo. Não constitui uma subespécie. Distingue-se dos outros apenas pela sua pelagem muito clara (quase branca), causada por anomalias em seus genes. Os seus olhos são dourados ou azuis.
Esta característica não acarreta problemas fisiológicos – ao contrário do albinismo, o leucismo não confere maior sensibilidade ao sol. No entanto constitui uma desvantagem, pois reduz a sua capacidade de camuflagem na caça às suas presas.
Estes leões nunca foram muito vulgares na natureza. O gene que confere esta característica é recessivo, e apenas se revela quando são cruzados indivíduos portadores do gene mutante. Este cruzamento é feito propositadamente em zoológicos e por essa razão é nestes onde existe o maior número de indivíduos. Aparecem também na reserva de Timbavati e no parque Kruger, na África do Sul.
Existem também leões brancos por albinismo; esses possuem os olhos vermelhos e apresentam grande sensibilidade ao sol.



leão e cordeiro

Reação Flehmen

Já foi observado que, quando o leão ronda o território das fêmeas,
ele ocasionalmente para, cheira, ergue a cabeça com o lábio superior curvado para dentro, e depois fecha as narinas e respira fundo pela boca. Ele interceptou um cheiro distante de urina da fêmea, e sua reação é fazer com esse cheiro seja levado ao órgão de Jacobson, localizado no céu da boca, onde é decifrado conforme seu teor de hormônios sexuais.
Esse comportamento é chamado "reação flehmen", apresentado por um grande número de carnívoros e outros mamíferos. O órgão de Jacobson lhes dá um olfato muito mais aguçado que o do homem, e é uma ferramenta sensorial especialmente útil para farejar uma companheira.
A urina da fêmea leva mensagens "cheirosas", os feromônios, que fornecem informações sobre sua fertilidade. Ao decifrar essas mensagens, o macho pode orientar suas atenções sexuais para onde elas tiverem mais chances de serem correspondidas.

Sincronia do cio

As mensagens são também importantes para as fêmeas, que decifram os feromônios depositados por suas irmãs do bando para sincronizar seus próprios períodos férteis.
Em geral, quando uma fêmea está no cio, todas as outras estão.
A vantagem disso aparece no comportamento sexual dos leões.
Os machos acasalam a cada 25 minutos, mais ou menos, durante vários dias com a mesma fêmea. Geralmente há dois ou três machos adultos no mesmo bando de leões e, se só uma fêmea do grupo estivesse no período fértil, os machos lutariam entre si pelo direito de acasalar com ela. Os ferimentos resultantes prejudicariam o bando, que necessita de machos fortes e saudáveis para protegê-lo.
Através da sincronia do cio, as fêmeas garantem que os machos se mantenham ocupados demais para lutarem entre si, o que evita o desmembramento social do bando.


Status

A única forma de os leões jovens adquirirem status de procriadores é dominar um bando estabelecido.
Para tanto, eles precisam expulsar os machos dominantes, tarefa perigosa que é mais bem sucedida através de coalizão, em geral de três ou quatro irmãos ou outros parentes próximos.
família de leõesMesmo assim, os machos residentes lutarão para manter seus direitos de procriação, pois, se os intrusos forem bem sucedidos, matarão todos os filhotes para que as fêmeas recém-adquiridas entrem no cio novamente.
Além disso, os machos expulsos de um bando são considerados geneticamente mortos e é pouco provável que eles tenham outra oportunidade de procriar.
Com o controle do bando, os intrusos triunfantes viverão juntos em harmonia. Eles não competem com as fêmeas.

O primeiro macho que encontra uma fêmea no cio é considerado dominante. Devido ao parentesco próximo, não haverá agressão no caso de um irmão acasalar antes do outro, pois o gene familiar será passado para a próxima geração.
Outra razão para os machos pertencentes ao mesmo bando não lutarem entre si é que eles precisam unir-se caso tenham de resistir ao ataque de outro grupo de machos que queira tentar dominar o bando.


Características

O tamanho dos leões pode variar entre 1,72 a 2,50 m (machos) e 1,58 a 1,92 m (fêmeas).
O peso dos leões pode variar entre 150 a 260 kg (machos) e 122 e 182 kg (fêmeas).
O comprimento do rabo do leão pode variar entre 60 e 100 cm.
Os dentes caninos dos leões podem ter até 5 cm de comprimento.
Um leão pode correr até 60 km/hora
leão machoA cor do leão varia entre o amarelo-claro e o marrom escuro, com as partes de baixo do corpo mais claras. A ponta da cauda apresenta um tufo de pêlos negros e os machos tem uma longa juba.
Como nos gatos a cauda do leão serve pra revelar seu humor.
Se ela está abaixada, o leão está tranquilo, se balança rapidamente para os lados significa que ele vai atacar.
Ao contrário dos cães, se um leão abanar o rabo, isso é um péssimo sinal.
Quando filhotes os leões machos não apresentam juba.

Comportamento provocativo

leãozinho brincandoUm filhote de leão pode estimular um irmão a simular uma briga esfregando a pata no focinho dele (acima), para desenvolver habilidades sociais e defensivas. Puxar o rabo dos pais (abaixo) é uma de suas brincadeiras preferidas.
Quando eles rastejam e saltam sobre gafanhotos, a habilidade que está sendo posta em prática é a coordenação dos olhos e das garras.
Caçar pode ser perigoso, portanto, praticando na brincadeira as habilidades que serão necessárias, os filhotes de leão aprendem as lições sem correr riscos que poderiam ser fatais. Mas a caça não é o único perigo a ser enfrentado.
Os filhotes podem também ser ameaçados por outros leões. As brincadeiras são fundamentais para o aprendizado da autodefesa.
leãozinho com a mãe

Exercício e competência

A evolução seleciona os animais que levam a vida com maior competência. Então por que tantos animais despendem energia em brincadeiras? Talvez a evolução favoreça os filhotes que brincam, se isso ajudá-los a sobreviver e a procriar.
As diferentes brincadeiras têm finalidades variadas. Muitas exercitam o corpo em crescimento, mas os saltos e rolamentos acrobáticos de um filhote desacompanhado podem ajudá-lo a compreender e ampliar os vivem em grupos constituídos apenas por fêmeas que dividem os deveres maternais. As capivaras, que pastam nos campos da América do Sul, do Panamá ao Paraguai, mantêm suas ninhadas de até oito filhotes em creches familiares. As fêmeas lactantes amamentam qualquer um que queira mamar.
A mãe elefante geralmente permite que outras fêmeas do grupo tomem conta de seu filhote. Quase sempre são as fêmeas mais novas que desempenham essa tarefa, talvez para aprenderem a cuidar de um filhote, mantendo-o fora de dificuldades — experiência que lhes será útil quando tiverem suas próprias crias.
Algumas aves têm babás, como, por exemplo, as 25 espécies de abelheiros que vivem em regiões tropicais e subtropicais da Europa. Elas vivem em grandes colônias e cavam túneis em bancos de areia. Em quase metade dos ninhos, os filhotes são alimentados por um ou mais ajudantes — geralmente irmãs e irmãos mais velhos que ainda não têm companheiros — e também pelos pais.


Participação familiar na criação de filhotes

leoa brincando com os filhotesEm qualquer bando de leões, as leoas são quase sempre parentes, pois somente em circunstâncias excepcionais elas deixam o grupo em que nascem.
Portanto, quando se vê quatro filhotes sendo amamentados por uma leoa deitada preguiçosamente, eles podem pertencer a quatro mães diferentes.
O provável motivo desse comportamento é que, amamentando seus parentes, a fêmea ajuda a criar animais da s linha familiar e a compartilhar alguns de seus genes.
As leoas não são as únicas fêmeas que cuidam de filhotes que não lhes pertencem.

Caçada

Agachada na grama, com os músculos tensos, a leoa observa seu bando cercando uma zebra em pânico. Cooperando assim e de outras formas, as leoas conseguem criar emboscadas e chegam a matar dois animais de uma só vez. É possível um único grupo de leoas abater até sete gnus em um único ataque.
leãoAs leoas caçam tanto de dia quanto a noite.
Num bando de leões, em geral as fêmeas caçam e os machos ficam observando à distância, aparecendo apenas para o almoço.
Quando a presa chega a uma situação desesperadora, acaba cedendo. Um imenso búfalo africano, por exemplo, pode ferir gravemente um único atacante. Mas um ataque em grupo põe a presa em maior risco, diminui a duração da luta e o risco de ferimentos graves dos participantes.
 As leoas caçam principalmente grandes mamíferos
entre eles antílopes, zebras, javalis, girafas.




Vantagens de caçar em grupo

leoa deitadaOs leões são os mais sociáveis dos grandes felinos, e acreditava-se que as caçadas fossem o motivo dessa sociabilidade — quanto maior o número de leões em um bando, maior a quota de comida para cada um. Mas as observações recentes demonstram o contrário — quanto maior o bando, menor a quota de cada leão.
Um grupo pode ter até 40 indivíduos, sendo a maioria fêmeas.
A vantagem real da caçada em grupo é a capacidade de vigiar a presa morta. Nas planícies gramadas, a presa morta pode ser vista à distância. Mesmo que não fosse vista, os abutressobrevoando a área indicariam sua posição, chamando a atenção de leões de outros bandos e hienas.
A competição por comida é sempre intensa, e uma alcateia de hienas famintas pode afastar um leão solitário de sua presa abatida. Mas um grande bando de leões comendo não permite que os competidores roubem a refeição conquistada a duras penas.


Os leões são predadores de vários animais e, ocasionalmente, sua presa revida. O coice da zebra pode quebrar os dentes do leão, e o da girafa pode estatelá-lo no chão, ou até aleijá-lo.
Foi vista uma manada de gnus enfurecidos pisoteando leões em caça até a morte.

Possui mandíbulas possantes, dotadas de dentes fortes e músculos poderosos, capazes de segurar e rasgar. Quando agarra um bicho e finca-lhe a pata, com um só movimento de cabeça arranca um pedaço da vítima.
Como técnica de caça arrasta-se sem se fazer pressentir e salta velozmente, jogando seu enorme peso sobre a vítima para desequilibrá-la e espremê-la contra o chão.
Possui uma cor que o disfarça entre as ervas, excelente olfato, ouvido e visão apurados. Sua glândula supra-renal em frações de segundo joga adrenalina em seu sangue, tornando-o alerta e combativo.
O leão é uma máquina de caça muito bem construída para seu ambiente. Na savana africana não tem nada a temer de ninguém, a não ser do homem. A evolução o produziu a partir de pequenos caçadores, num ervaçal onde abundavam pacíficos herbívoros.
leões almoçando
Os leões comem de uma só vez a caça inteira. Depois disso eles ficam sem caçar por vários dias.


leãozinho Os mamíferos jovens levam uma vida bastante protegida, em comparação à maior parte dos outros animais. Só brigam por alimento com seus irmãos, e o suprimento de leite — mesmo quando são introduzidos à alimentação adulta — permite-lhes crescer fortes até quase o seu completo desenvolvimento.
Eles são indefesos e dependentes por mais tempo que a maioria dos outros animais, mas são protegidos pela mãe até se tornarem independentes.

Ainda não está satisfatoriamente explicado por que é que a juba do leão cresce mais quando ele vive em cativeiro. E há outras incógnitas: em liberdade, a leoa dá cria cada dois anos; mas, quando o casal vive em cativeiro, nascem filhotes todo ano. E tem mais: ninguém sabe ao certo para que serve a espécie de unha
que o leão possui na ponta da cauda, escondida sob o tufo de pêlos. Alguns dizem que serve para fustigar os filhotes, quando eles molestam o pai em suas brincadeiras; outros afirmam que o leão se arranha com ela quando fica irritado. Mas tudo isto são hipóteses.


Laços inseparáveis criados pelo odor
leoa e leõezinhos
Entre os mamíferos, é comum as fêmeas lamberem os filhotes assim que eles nascem. Esse primeiro ato de cuidado materno ajuda a livrá-los das membranas fetais e a desobstruir suas narinas para que eles possam respirar.
Também ajuda a secar a pelagem, mantendo o calor do corpo, e a eliminar odores que possam atrair predadores.
Esse processo estabelece um elo entre a mãe e o filhote pelo cheiro.
Esse processo familiariza a mãe com o cheiro do filhote e desperta fortes instintos protetores, e o filhote adquire um sentimento de dependência.Laços inseparáveis criados pelo odor
Entre os mamíferos, é comum as fêmeas lamberem os filhotes assim que eles nascem. Esse primeiro ato de cuidado materno ajuda a livrá-los das membranas fetais e a desobstruir suas narinas para que eles possam respirar.
Também ajuda a secar a pelagem, mantendo o calor do corpo, e a eliminar odores que possam atrair predadores.
Esse processo estabelece um elo entre a mãe e o filhote pelo cheiro.
Esse processo familiariza a mãe com o cheiro úo filhote e desperta fortes instintos protetores, e o filhote adquire um sentimento de dependência.

Uma mordida cuidadosa na nuca

Os leões podem ser os reis das planícies africanas, mas seus filhotes nascem cegos e indefesos, como todos os felinos. Seus olhos só se abrem seis dias depois. Para manter os filhotes — cinco no máximo — em segurança, a fêmea os esconde em moitas ou touceiras.
Se hienas ou cães de caça chegarem perto demais do esconderijo, a leoa leva os filhotes.
leoa carregando o filhoteA leoa escolhe com cuidado o esconderijo para os filhotes. Caso sinta-se ameaçada, ela os desloca, um a um, rápida e silenciosamente para um novo esconderijo.
para um local seguro, o mais depressa e silenciosamente possível.
Como todos os felinos, ela pega o filhote pela pele da nuca e mantém a cabeça erguida, para que ele não esbarre em nada.
Como os filhotes ficam quietos, é fácil carregá-los. Eles são ligeiramente pintados, mas essas pintas desaparecem por volta dos três meses, quando eles são desmamados.




Fonte; http://www.ninha.bio.br/biologia/leao.html
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O rugido do leão



O LEÃO é famoso por sua exclusiva habilidade vocal de fazer soar um rugido que pode ser ouvido a quilômetros. O rugido do leão é considerado um “dos mais impressionantes sons naturais”. O leão ruge, em geral, à noite ou ao amanhecer. Tanto o macho como a fêmea rugem e, às vezes, o bando inteiro dá um rugido comunitário.

  Os cientistas que estudam o leão acham que o rugido tem diversas finalidades. Os machos rugem para avisar sobre os limites do seu território e para mostrar agressividade, alertando outros machos que talvez entrem no seu território. Apropriadamente, a Bíblia refere-se aos agressivos, orgulhosos e gananciosos governantes da Assíria e de Babilônia como “leões novos, jubados” que, rugindo, se opunham violentamente ao povo de Deus e o devoravam. — Isaías 5:29; Jeremias 50:17.

  O rugido permite que os membros do bando se localizem quando separados pela distância ou escuridão. Depois da captura de uma presa, o rugido avisa outros membros do bando do local da refeição. Sobre essa característica, a Bíblia comenta: “Fará o leão novo jubado ouvir a sua voz desde o seu esconderijo se não tiver apanhado nada?” — Amós 3:4.


Surpreendentemente, ao caçar animais selvagens, o leão não usa o rugido como estratégia de caça para assustar a presa. No livro The Behavior Guide to African Mammals (Guia de Comportamento dos Mamíferos Africanos), Richard Estes menciona que não há “nenhum indício de que o leão ruja deliberadamente para levar a presa para uma emboscada (pela experiência que tenho, as espécies que lhe servem de alimento em geral ignoram seus rugidos)”.


  Então, por que a Bíblia se refere a Satanás como ‘leão que ruge, e que procura a quem devorar’? (1 Pedro 5:8) Embora animais selvagens aparentemente não se intimidem com o rugido do leão, isso não acontece com o homem e seus rebanhos domésticos. O som aterrorizante do rugido do leão, ressoando na escuridão da noite, assustaria e intimidaria quem não estivesse protegido atrás duma porta trancada. Há muito tempo, foi dito apropriadamente: “Há um leão que [rugiu]! Quem não terá medo?” — Amós 3:8.

  Satanás usa habilmente o medo para intimidar as pessoas e torná-las submissas. Felizmente, o povo de Deus tem um aliado poderoso. Com forte fé no apoio de Deus, eles têm êxito em resistir a esse poderoso “leão que ruge”. Incentiva-se os cristãos a ‘tomar sua posição contra ele, sólidos na fé’. — 1 Pedro 5:9.

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domingo, 14 de outubro de 2012

A luta contra as potestades do mal

Existe um mundo espiritual que, embora 
não possamos ver, tem influência poderosa 
sobre o mundo físico. A Bíblia faz referência a anjos 
e a demônios, seres espirituais que agem na terra.
Antes da conversão, o homem é escravizado 
pelas forças do mal, Ef 2: 2-3, mas não tem consciência disso. A partir do momento 
em que se entrega a Cristo, o crente se envolve 
numa intensa batalha espiritual.  O príncipe 
do império das trevas, de onde fomos libertos, 
não se dá por vencido.
E daí? Vamos ignorar essas verdades ou vamos enfrentar esta batalha? Que armas temos à nossa disposição? 
Isso é o que verá neste estudo.


I. POR QUE NÃO DEVEMOS IGNORAR A BATALHA ESPIRITUAL

a) A Bíblia dá muita ênfase ao assunto. Segundo as Escrituras, existe uma contínua e intensa batalha entre a luz e as trevas, entre Cristo e Satanás, entre a Igreja e o inferno, 1Pe 5: 8, 9. Há uma verdadeira riqueza de textos bíblicos que falam acerca do assunto, mostrando como os espíritos das trevas trouxeram intenso sofrimento às pessoas:

Satanás transtornou a vida de Jó, Jó 1: 12-19;

Jesus foi tentado pelo diabo, no deserto, Mt. 4: 1-11;

Nos Evangelhos, relatos sobre a ação do diabo impressionam: o gadareno, possuído por legiões de demônios, Mc 5: 1-20; o jovem que era jogado na água e no fogo, Mc 9: 14-22; Maria Madalena, liberta de sete demônios, Lc 8: 2; espíritos de enfermidade, Lc. 13: 11-13;
Ananias e Safira foram enganados por Satanás para que mentissem ao apóstolo Pedro, At 5: 11-13.
Para ludibriar o homem, Satanás se transforma até em anjo de luz e seus ministros são capazes de se mascararem  como ministros de justiça, 2Co 11: 13-15.

b) O contexto cultural e religioso do país em que vivemos é outra forte razão para não ignorarmos a batalha espiritual. O Brasil é considerado hoje o maior país espírita do mundo, com aproximadamente 5.500 centros espalhados pelo território nacional. Deve haver um despertar do cristão para a realidade da batalha espiritual e, assim, preparar-se para vencê-la.

II. COMO DESFAZER AS ESTRATÉGIAS DO INIMIGO

1. Conhecer o inimigo.  Paulo, em Efésios 6: 12, fala de uma hierarquia no reino das trevas. Principados são os chefes ou os líderes da maldade; os dominadores são espíritos malignos; as potestades são os que têm poder para governar. Todos promovem males na terra.

a) Estes principados, dominadores e potestades do mal  procuram levar o homem à desobediência, à insubmissão. Tornam as pessoas irreverentes e insubordinadas quanto ao seu comportamento, Ef 2: 2.

b) Estes espíritos malignos atuam também como agitadores da consciência humana, fazendo com que sentimentos de culpa sejam mais intensos, Zc 3: 1-5.
Os seres invisíveis da maldade são acusadores. Vemos claro exemplo em Jó 1: 1-12 quando o diabo fica questionando a respeito da integridade e justiça de Jó. A busca exagerada, detalhista e obcecada de “justiça” é também diabólica. Tenhamos cuidado com o exagero legalista.

2. Conhecer e tomar posse das armas celestiais, 2Co 10: 4-5. As armas da nossa guerra são ofensivas e defensivas, 2Co 6: 7. 
Vejamos:



III. ARMAS DEFENSIVAS, Ef 6: 13-18. 

O Nome de Jesus. Fp 2: 9-10. É a arma mais poderosa contra o inimigo. Ele tem autoridade sobre os seres angelicais, sobre os homens e sobre os demônios. Jesus está acima de todo principado, e potestade, e poder e domínio, Efésios 1: 20-22.
A oração. Ef. 6: 18. Esta é a arma que nos coloca em contato direto com o mundo espiritual. A oração nos fortalece, nos capacita para conquistarmos todo o território que o diabo invadiu. Veja Marcos 3: 23-29.

O Senhor equipou Sua Igreja com uma armadura sobrenatural para que ela exerça domínio sobre o reino da maldade e resista às suas forças, a fim de sair da guerra sã e salva.

O capacete, v. 17. Paulo faz esta peça representar a salvação, possivelmente referindo-se a Isaías 59: 17. A salvação protege o homem em Cristo de ser desintegrado sob os efeitos condenadores do pecado.

O cinto da verdade - v. 14. A verdade é Jesus. O cristão deverá estar inteiramente ligado a Ele numa comunhão perfeita, Jo 15: 2-7. Esta armadura significa que o cristão se reveste do Senhor Jesus, assumindo a natureza moral de Cristo, Rm 8: 29.

A couraça da justiça - v. 14. O crente está revestido da justiça de Deus, Rm. 3: 21 e 5: 1. Sua culpa foi lançada na cruz de Cristo, Rm 13: 12-14 e Ef 4: 24.

Pés calçados com a preparação do evangelho da paz, v. 15. Significa o estabelecimento de um alicerce espiritual firme. Assim calçados, com prontidão e disposição, aparecem os pés daqueles que cruzam desertos e terrenos montanhosos, levando as boas novas da paz, Is 52: 7-9.



No demais, irmãos meus, fortalecei-vos no Senhor e na força do seu poder.
Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para que possais estar firmes contra as astutas ciladas do diabo.
Porque não temos que lutar contra a carne e o sangue, mas, sim, contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais.
Portanto, tomai toda a armadura de Deus, para que possais resistir no dia mau e, havendo feito tudo, ficar firmes.
Estai, pois, firmes, tendo cingidos os vossos lombos com a verdade, e vestida a couraça da justiça;
E calçados os pés na preparação do evangelho da paz;
Tomando sobretudo o escudo da fé, com o qual podereis apagar todos os dardos inflamados do maligno.
Tomai também o capacete da salvação, e a espada do Espírito, que é a palavra de Deus;
Orando em todo o tempo com toda a oração e súplica no Espírito, e vigiando nisto com toda a perseverança e súplica por todos os santos,
E por mim; para que me seja dada, no abrir da minha boca, a palavra com confiança, para fazer notório o mistério do evangelho,
Pelo qual sou embaixador em cadeias; para que possa falar dele livremente, como me convém falar. 
Efésios 6: 10-20



Fonte:
Revista de Estudos Bíblicos Aleluia

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