quarta-feira, 24 de outubro de 2012

ASSÍRIA

Lápide mostra a utilização de cavalos nas conquistas assírias.

Reino da Ásia antiga, ao norte da Mesopotâmia. Os assírios organizaram um Estado militarizado e tornaram-se grandes conquistadores. No séc. IX a.C. constituiu-se o Império Assírio, que alcançou o apogeu nos séc. VIII e VII a.C.
A Assíria era uma área montanhosa e fértil, cortada pelo rio Tigre e seus afluentes. A maior parte do território era dividida em grandes estados, controlados por proprietários de terras.
O Povo era formado por várias raças que se estabeleceram naquela região desde o quarto milênio antes da Era Cristã.
Viviam em cidades, como Assur, Nínive e Nimrud. Parte da população era formada por agricultores e grupos seminômades. Os agricultores viviam em pequenas aldeias. A maioria dos habitantes da cidade era formada por artífices ou negociantes. Os artífices fabricavam cerâmica e objetos de ouro, prata, bronze, marfim e madeira. As cidades eram protegidas por altas muralhas ocupadas por arqueiros. Os assírios usavam a escrita cuneiforme e construíram imensas bibliotecas para guardar obras sobre medicina, religião e história, entre outros temas. Também escreveram textos jurídicos. O Código Assírio, escrito em cerca de 1400 a.C., continha exemplos de casos e seus respectivos julgamentos. Essa lei era ainda mais rigorosa que o Código de Hamurabi, da Babilônia.
Grandes guerreiros, contavam com armas de ferro fundido, carros e cavalos de guerra. Ficaram conhecidos pela crueldade com que tratavam os prisioneiros, escravizavam e muitas vezes mutilavam para que servissem de exemplo para outros derrotados.

Detalhe de relevo assírio que mostra prisioneiros de guerra sendo transportados como escravos.


Religião.

Os assírios acreditavam que vários deuses governavam o destino humano e controlavam o céu, a terra, a água, as tempestades e o fogo. Eles acreditavam em bons e maus espíritos e na magia. O principal deus da Assíria era Assur, mesma denominação da capital. O rei assírio era considerado um representante de Assur na Terra. Entre os vários deuses cultuados estavam Nabu, o deus da sabedoria e patrono dos escribas; Ninurta, deus da guerra; e Ishtar, a deusa do amor.


Arte.
A mais importante marca da arte assíria pode ser notada nos relevos que decoram grandes obras arquitetônicas. Entre 900 e 600 a.C., os muros dos palácios passaram a exibir baixos-relevos em pedra, mostrando cerimônias religiosas ou vitórias militares. Entre suas esculturas, destacam-se as impressionantes estátuas de touros e leões com cabeças humanas que guardavam os palácios.

Governo.

O rei era o chefe supremo do Império Assírio e o sacerdote principal do deus Assur. Conduzia pessoalmente o exército nas campanhas militares. O filho mais velho e herdeiro do rei era o encarregado dos negócios administrativos.


História.

Documentos anteriores a 2000 a.C. revelam que um governador da cidade de Ur, situada no sudeste do atual Iraque, governava em Assur. Documentos posteriores provenientes da Ásia Menor indicam que os assírios negociavam intensamente com os hititas, na Anatólia (atual Turquia).
Em 1813 a.C., Shamshi-Adad, chefe dos amoritas, se fez senhor da Assíria, estendendo as fronteiras do país e aumentando seu poderio. Depois do reinado de Shamshi-Adad, a Assíria ficou sob o domínio da Babilônia.
Faltam registros sobre os séculos seguintes. Os historiadores acreditam que a Assíria foi governada durante parte desse período pelo Mitani, um reino situado no norte da Síria, mas se tornou novamente independente em meados do séc. XIV a.C.
A Assíria desfrutou de breves períodos de expansão nos séc. XIII e XII a.C., antes de começar a formar o império no séc. IX a.C. Salmanasar III (858-824 a.C.) assumiu o controle das rotas comerciais do Mediterrâneo. Teglatefalasar III (744-727 a.C.) conquistou a Síria e Israel e se tornou rei da Babilônia. Com Sargão II (722-705 a.C.), o Império atingiu o apogeu. Assaradão (680-669 a.C.) anexou o Egito. A Assíria declinou rapidamente depois de meados do séc. VII a.C. e acabou sucumbindo aos ataques dos medos e dos babilônios em 614 e 612 a.C.



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