Nos tempos em que a dita era dura por aqui, uma das suas principais características foi a tortura. Tanto que, tão logo ela se foi, um livro foi lançado e que fez enorme sucesso de vendas. Trata-se do livro “Brasil: nunca mais!”, no qual centenas de pessoas relatavam os pavorosos processos pelos quais passaram e as consequentes formas de tortura que enfrentaram. Há relatos que são realmente medonhos como o uso de escovas de dentes novas cuja parte em que ficam as cerdas eram introduzidas no ânus do torturado e girada. Impossível de imaginar, não?
Porém, no transcurso da história foram desenvolvidas variadas formas de torturar alguém ou um grupo de pessoas, até a moderníssimo assédio moral, que não deixa de ser uma forma de tortura praticada a céu aberto e em qualquer lugar. Seria a famosa tortura psicológica que vai minando a autoestima e a capacidade de socialização de alguém, seja no ambiente de trabalho ou na própria residência.
Porém, no transcurso da história foram desenvolvidas variadas formas de torturar alguém ou um grupo de pessoas, até a moderníssimo assédio moral, que não deixa de ser uma forma de tortura praticada a céu aberto e em qualquer lugar. Seria a famosa tortura psicológica que vai minando a autoestima e a capacidade de socialização de alguém, seja no ambiente de trabalho ou na própria residência.
Todos nós também conhecemos de ouvir falar sobre os famosos palitinhos de bambu sob as unhas e as gotas que pingam de um balde durante horas ou dias na testa de alguém. Isso pode levar à loucura, mas o que não sabemos é como essas formas e outras mais surgiram e eram aplicadas. O historiador alemão e professor de história antiga, Martin Zimmerman, acabou de lançar o livro “Extreme Formen von Gewalt in Bild und Text des Altertums” (Algo como Formas Extremas de Violência em Textos e Imagens da Antiguidade), que segundo suas palavras inspiram “asco, pavor, horror e repugnância”.
O autor do artigo que está no Spiegel Online, Matthias Schulz, recorre a Suetônio e “Os 12 Césares”, para iniciar o artigo citando algumas das formas prediletas de tortura exercidas por vários imperadores romanos como Tibério, que antes de fazer o torturado tomar litros de vinho, amarrava o pênis do condenado com um garrote. Logo, este não poderia urinar e acabava morrendo após o rompimento da bexiga.
Babilônios e assiriosNo antigo oriente, para que os governantes de vastos impérios mantivessem a população, composta por várias etnias, obedientes, insuflavam o medo através de torturas e execuções agonizantes.
Os babilônios eram usuários de práticas como corte dos lábios, nariz e pés, cegueira, estripação e a requintada técnica de “gotejamento” do coração que, depois, era extirpado. Os Assírios eram mestres em cortar seus inimigos em picadinhos ou passar o fio da espada na barriga dos mesmos, “como se fossem carneiros”, dizia Assurbanípal rei assírio entre 668-627 a.C.
Essas seriam algumas das formas em que o rei afirmava a essência de seu poder, isto é, poder de vida e morte sobre seus súditos. Bastava uma mudança de humor, por exemplo, para que alguém fosse esfolado vivo, como adoravam fazer quando algum governador provincial não acatava as ordens ou falhava em alguma determinação expressa do rei.
O esfolamento consistia em pendurar a vítima numa espécie de cabide de madeira, pelas costas, e sua pele ir dilacerando com a ajuda da Lei da Gravidade. Além disso, havia também a introdução de estacas no ânus da vítima, quando o carrasco martelava as mesmas no local previamente lubrificado, empurrando os órgãos internos do infeliz um de encontro ao outro. A vítima agonizava durante dias.
Gregos e Romanos
Os helenos também não ficavam atrás mesmo sendo a Grécia o berço da democracia. Segundo o autor, na Ilíada há 318 duelos sangrentos nos quais dentes voam, olhos são vazados e cérebros escorrem de crânios. Periandro de Corinto matou a esposa grávida ao aplicar-lhe um vigoroso pontapé no ventre. Falaris ou Phalaris (Século VI a.C.), tirano de Acragas, hoje Agrigento, na Sicília, adorava assar vivos os seus desafetos num molde em forma de touro, no qual a vítima era introduzida.
Os romanos, que através de uma de suas formas de tortura criaram o maior símbolo religioso de todos os tempos, a cruz, eram useiros e vezeiros dessa prática; além, é claro da execução ad bestias, isto é, fazer das vítimas o almoço e jantar de feras como leões e demais felinos esfomeados. Lembrei, agora, de uma passagem também de “Os 12 Césares”, em que Suetônio relata uma das formas pelas quais outros animais participavam de execuções como essas no Coliseum. As infelizes vítimas eram colocadas em moldes que lembravam uma vaca e um touro era utilizado para “cobrir” a suposta fêmea. Não é preciso informar qual era o resultado dessa forma de execução.
Os Persas
Os persas tinham uma expressão “Jogar às cinzas”, que consistia em colocar a vítima num aposento sem ventilação, tendo o solo desta sala coberto por uma espessa camada de cinzas. Em poucos dias, a pessoa morria lentamente asfixiada tendo seus pulmões enrijecidos pelas cinzas que se depositavam em seu interior. Algo bem parecido com a silicose, doença que acomete os trabalhadores das minas de carvão, por exemplo.
Os persas tinham uma expressão “Jogar às cinzas”, que consistia em colocar a vítima num aposento sem ventilação, tendo o solo desta sala coberto por uma espessa camada de cinzas. Em poucos dias, a pessoa morria lentamente asfixiada tendo seus pulmões enrijecidos pelas cinzas que se depositavam em seu interior. Algo bem parecido com a silicose, doença que acomete os trabalhadores das minas de carvão, por exemplo.
Outra forma elaborada de tortura era conhecida como A banheira, quando uma espécie de banheira era tampada, tendo apenas um orifício por onde passava a cabeça da vítima. Seu rosto era lambuzado de mel e leite para que as moscas pousassem sobre ele, praticamente invadindo suas narinas e pálpebras. Além disso, a vítima era regularmente alimentada até que a água da banheira ficasse repleta com suas próprias fezes. Larvas das moscas e vermes se encarregavam de dar fim ao torturado.
O autor chegou a conclusão que “A violência física é universal em todas as culturas”, e finaliza informando que não vê qualquer perspectiva de mudança, pelo menos até os dias atuais.
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