Desde o início do cristianismo, depois da vida, morte e ressurreição de Jesus Cristo, a Igreja vem sendo perseguida.
Muita coisa mudou desde então, tornando-se o Brasil um país laico,
onde o Estado não pode interferir na Igreja e vice-versa. Mas o que se vê em pleno século XXI, em um período que os historiadores chamam de pós-modernidade não reflete bem a realidade teórica, a Igreja Mundial do Poder de Deus em Cachoeiro foi lacrada, na manhã de ontem, por fiscais, cumprindo determinação da prefeitura.
Segundo o pastor da igreja, José Aparecido Alves, não houve motivo real para a atitude da municipalidade.
“Tínhamos que cumprir algumas exigências, mas estávamos dentro do prazo. A própria prefeitura emitiu um documento, onde dizia que até dia 31 de dezembro deste ano estaríamos livres para funcionar”, contou o pastor.
O pastor acredita, no entanto, que houve pressão para o fechamento da igreja. “Acredito que uma pessoa possa ter influenciado na decisão da prefeitura. Existem vizinhos que não compartilham da mesma fé que a nossa e muitas vezes tentam atrapalhar as nossas reuniões”, explicou o pastor.
A igreja foi fechada por fiscais da prefeitura na manhã de ontem, quando o pastor ainda estava dentro do templo. “Eu estava vendo algumas questões burocráticas quando chegaram os ficais avisando que iriam fechar, já que no dia anterior (quarta-feira) eles haviam pedido que eu mesmo fechasse. Eu ainda resisti e eles chegaram a chamar a polícia, mas não foi necessária a força policial, porque logo em seguida deixei que finalizassem seu trabalho”, narrou o pastor.
“Me senti ferido. O que mais aprecio é pregar o evangelho. O sentimento é que me esvaziaram, tiraram alguma coisa de mim. Logo depois que os ficais foram embora, eu sentei, orei e confesso, não pude conter as lágrimas”, lamenta.
A igreja funciona todos os dias, com cultos às 8h, 15h e 19h30. No local, por dia, cerca de 200 pessoas vão em busca de auxílio espiritual. “É importante que as pessoas saibam que a igreja é instrumento transformador. Cada uma das pessoas ali é menos um marginal na rua”, enfatizou o pastor.
FONTE: Folhaes
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